terça-feira, maio 29, 2007

terça-feira, 29 de maio de 2007

Faltando 36 dias para o início da Festa Literária Internacional de Parati (FLIP), seus organizadores divulgaram o programa dos cinco dias de debates, leituras e shows. Este ano será a terceira vez que vou ao evento e recomendo. Chegarei ansioso para ouvir a Jim Dodge, Mia Couto, Mário Bortolotto e o roteirista de filmes com 21 Gramas e Babel, Guillermo Arriaga. E, sem dúvida, a polêmica deve ficar por conta da mesa que reunirá Fernando Morais, Paulo Cesar de Araújo e Ruy Castro. Araújo é o autor da biografia de Roberto Carlos que foi censurada pelo "rei". Apesar de os bate-papos serem pagos (Tenda dos Autores, R$ 20 e Tenda da Matriz, R$ 6), em anos anteriores foi possível acompanhar tudo por um telão localizado na Tenda da Matriz.
Programa

Quarta-feira, 04 de julho de 2007
20h - HOMENAGEM A NELSON RODRIGUES e SHOW DE ABERTURA

Homenagem a Nelson Rodrigues com Barbara Heliodora - 20h
Show de abertura - 21h - Orquestra Imperial convida João Donato
A FLIP dá início a sua quinta edição honrando o seu prenome: festa. Uma apresentação da transbordante Orquestra Imperial, o maior coletivo de talentos contemporâneos da música brasileira, abre o festival com carnaval e funk, gafieira e soul, samba e bolero. Criada pouco antes da primeira FLIP, em 2002, a OI conta com 18 integrantes. Entre eles estão desde músicos experimentados, como Wilson das Neves, de 70 anos, um dos maiores bateristas da história da MPB, até uma generosa fornada de revelações mais recentes, como Rodrigo Amarante (Los Hermanos), os três integrantes do grupo + 2 (Moreno Veloso, Kassin e Domenico), as neodivas Thalma de Freitas e Nina Becker e o guitarrista Pedro Sá. Acostumados a se apresentarem com convidados especiais, de Caetano Veloso a Lobão, de Bebel Gilberto a Dudu Nobre, eles convidam ao palco da Tenda da Matriz um dos músicos mais talentosos já produzidos pelo país, para uma parceria inédita.
Nascido no Acre, João Donato mudou-se para o Rio ainda moleque, e com 15 anos já brilhava no cenário musical carioca tocando um acordeão quase de seu tamanho. Um dos artífices da bossa nova, o pianista, arranjador, cantor e compositor não se amarrou ao gênero dos banquinhos e barquinhos. Foi tocar jazz nos EUA. Passou quase todos os anos 60 por lá, compartilhando palcos e estúdios com astros da música instrumental americana, como Stan Kenton, Herbie Mann e Wes Montgomery. Voltou ao Brasil em 1972 e de lá pra cá, aparecendo mais ou menos, consolidou seu papel de músico completo e inquieto: neste ano já fez turnês pelo Brasil e pelo Japão e lançou dois CDs, um solo e outro com o velho comparsa Bud Shank. Em Parati ele acrescentará a juventude de seus 72 anos à dos jovens imperiais, na primeira grande festa da Festa.

Local: TENDA DA MATRIZ R$ 20
Quinta-feira, 05 de julho de 2007

10h
Mesa 1 - FUTURO DO PRESENTE
Cecília Giannetti, Fabrício Corsaletti e Verônica Stigger
Uma romancista do Rio de Janeiro, um poeta do interior de São Paulo, uma contista de Porto Alegre. Seja com a prosa seca e urbana de uma, com a poesia lírica com algum cheiro de terra do outro ou com narrativas alucinadas com aroma de lua da terceira estes três jovens escritores realimentam a ficção brasileira ao apresentarem dentro de uma bibliografia ainda curta o extremo vigor literário. Nesta conversa, eles apresentam o que ainda virá, e já está sendo, na literatura nacional.
11h45
Mesa 2 - UIVOS
Chacal e Lobão
Os dois têm mais em comum do que os apelidos de feras caninas. Em campos diferentes, estes dois cariocas inconformados vêm fazendo há um par de décadas o mesmo processo. Extrair poesia do cotidiano mais banal e transformá-la em coisa falada. Lobão canta seus poemas, Chacal lê suas criaturas em eventos como o Centro de Experimentação Poética 20000, encontro de poetas que criou há mais de dez anos no Rio. Ambos letristas experientes, falarão na FLIP sobre a música que há na poesia e a poesia que vira música.
15h
Mesa 3 - NELSON RODRIGUES - ATO 2
Augusto Boal e Eduardo Tolentino
Durante a ditadura, quando Augusto Boal foi preso acusado de subversão, Nelson Rodrigues publicou um artigo defendendo fervorosamente o dramaturgo. "Sua vida é uma apaixonada meditação sobre o mistério teatral", concluia. Nesta mesa, Boal, hoje o nome mais conhecido do teatro brasileiro fora do país, divide um pouco desses mistérios com Eduardo Tolentino, fundador do grupo Tapa e premiado diretor teatral que já se notabilizou como um apaixonado "meditador" dos mistérios dramatúrgicos de Nelson Rodrigues.
17h
Mesa 4 – SOBRE MACACOS E PATOS
Jim Dodge e Will Self
Dois talentos literários excêntricos e irreverentes falam do processo criativo na literatura. Até que ponto pode ser ensinado? O autor cult Jim Dodge, diretor do Programa de Escrita Criativa da Humboldt State University, na Califórnia, tem o dever de responder que sim. No entanto, os exercícios de sala de aula dificilmente produziriam outra pata obesa e incapaz de voar, como a protagonista de sua inequecível novela Fup. Uma oficina literária tampouco ensinaria a criar as aberrações, mutantes e visionários grotescos que povoam a ficção de Will Self. Mas então, o que alimenta a criatividade dos escritores?

19h
Mesa 5 - TÃO LONGE, TÃO PERTO
Kiran Desai e William Boyd
“De onde você vem?” Nem todos podem responder essa pergunta aparentemente simples com facilidade. Dois escritores brilhantes, autores de obras premiadas, questionam se a identidade é determinada pelo lugar de origem e discutem de que maneira a vida itinerante moldou a ficção que produzem. O segundo romance de Kiran Desai, O Legado da Perda, uma reflexão delicada sobre a solidão do deslocamento, ganhou o Man Booker Prize de 2006. William Boyd é o autor de A Good Man in Africa e Armadilho. Seu nono romance, Fuga, recém-lançado no Brasil, recebeu na Inglaterra o prestigiado Costa Award de melhor romance em 2006.
Sexta-feira, 06 de julho de 2007

10h
Mesa 6 – A VIDA COMO ELA FOI
Fernando Morais, Paulo Cesar de Araújo e Ruy Castro
No final de 2006 o historiador Paulo Cesar de Araújo publicou Roberto Carlos em Detalhes, biografia do cantor mais popular do Brasil nas últimas quatro décadas. Fruto de 15 anos de pesquisas e de mais de 200 entrevistas, o livro foi bem recebido pelo binônimo "público e crítica". Mas desagradou o biografado, que impediu na Justiça a circulação do livro. Nesta mesa, Araújo conversa com os dois principais biógrafos em atividade no país, que também já experimentaram o gosto dos tribunais por livros seus.
11h45
Mesa 7 - ÁLBUM DE FAMÍLIA -
Ana Maria Gonçalves e Ahdaf Soueif
Suas histórias abarcam gerações. Seus personagens atravessam continentes e culturas. Da África Ocidental ao Brasil, do Norte da África à Inglaterra, homens e mulheres que nadam contra o fluxo incessante da história — e o testemunham. Ana Maria Gonçalves, autora de Um defeito de cor, a primeira saga brasileira narrada da perspectiva de uma escrava, conversa com Ahdaf Soueif, cujos romances — como O mapa do amor — traçam o impacto emocional de andar pela corda bamba que separa o Oriente do Ocidente.

15h
Mesa 8 – TERRAS - Antônio Torres e Mia Couto
Nossa casa é a terra que deixamos para trás, o lugar ao qual jamais podemos retornar. Terra Sonâmbula, o já clássico romance de estréia do autor moçambicano Mia Couto, lança um olhar melancólico sobre um país devastado pela guerra civil. Em sua obra mais aclamada, Essa terra, o romancista baiano Antônio Torres descreve as amarguras de um imigrante nordestino forçado a deixar sua casa em busca de uma vida melhor na cidade grande. Dois narradores singulares fazem leituras de suas últimas obras e discutem como a literatura pode brotar de dentro do chão.

17h
Mesa 9 – CRIME E CASTIGO -
Dennis Lehane e Guillermo Arriaga -
A aleatoriedade da violência nos centros urbanos é apenas um dos temas que unem as obras destes dois grandes romancistas e roteiristas. O mexicano Guillermo Arriaga, autor de Um Doce Aroma de Morte, assinou os roteiros de filmes premiados, como Amores Brutos e Babel. Dennis Lehane, que escreveu uma série de romances policiais ambientados no sul de Boston, é o autor de Sobre Meninos e Lobos, adaptado para o cinema por Clint Eastwood. A morte — no papel e na tela — estará presente no cardápio de Parati.

19h
Mesa 10 - PANTERAS NO PORÃO -
Amós Oz e Nadine Gordimer
“Qualquer escritor que tenha um mínimo de valor espera propiciar um brilho tênue para iluminar o labirinto belo e sangrento da experiência humana,” diz a Prêmio Nobel Nadine Gordimer. Mas qual é o significado da literatura num país dividido pela história, embotado pela opressão ou dilacerado pela violência? Gordimer, autora de A Filha de Burger e O Engate, e Amós Oz, o mais importante romancista e militante pela paz em Israel, autor de De Amor e Trevas, falam sobre o papel da literatura no resgate de uma humanidade permeada pela injustiça.
Sábado, 07 de julho de 2007

10h
Mesa 11 – NELSON RODRIGUES ATO 3 -
Arnaldo Jabor, Leyla Perrone-Moisés e Nuno Ramos
Arnaldo Jabor é um cineasta que virou cronista, dos melhores. Nuno Ramos é um artista plástico que virou escritor, dos melhores. Leyla Perrone-Moisés é professora de literatura e ensaísta, das melhores. Jabor foi amigo de Nelson Rodrigues e quem melhor o transpôs ao cinema, em filmes como Toda Nudez Será Castigada. Nuno e Leyla escreveram instigantes ensaios sobre o dramaturgo. Nesta mesa, reunimos os três personagens em busca de um autor.

11h45
Mesa 12 – DOIS LADOS DO BALCÃO -
César Aira e Silvano Santiago -
Os talentos criativos exigidos pela ficção são distintos das faculdades analíticas necessárias ao ensaísta. Poucos autores conseguem ser igualmente bem sucedidos nesses dois âmbitos. César Aira, o mais importante romancista argentino, destaca-se também por sua crítica apurada em obras como o respeitado Diccionario de Autores Latinoamericanos. O ensaísta e crítico literário brasileiro Silviano Santiago é dono de uma narração imaginativa notável, ilustrada em obras como Em Liberdade. No palco, discutirão de que maneira essas duas áreas se sobrepõem e fecundam uma à outra.

15h
Mesa 13 – PERDOA-ME POR ME TRAIRES -
Alan Pauls e Maria Rita Kehl -
Com seu prestigiado romance O Passado, o escritor Alan Pauls usa o desencantamento de um casal para fazer um inventário das doenças contemporâneas do amor, com todos seus egocentrismos e consumismos sentimentais. "Existe alguma diferença entre o amor e a doença?", pergunta Pauls. A FLIP buscou a pessoa certa para responder à revelação da literatura latino-americana. Maria Rita Kehl entende como poucos de amor e de desamor, de doenças contemporâneas e, não menos importante, de literatura.

17h
Mesa 14 - NARRATIVAS DE CONFLITO -
Lawrence Wright e Robert Fisk -
Para Ernest Hemingway, coragem é não perder a elegância mesmo sob pressão. Essa é uma das muitas qualidades necessárias aos jornalistas que relatam os conflitos armados. Seus testemunhos nos fazem lembrar que a guerra é uma agonia para os que nela estão inseridos. Duas mentes notáveis se encontram: Robert Fisk, correspondente do jornal britânico The Independent no Oriente Médio e autor de A Grande Guerra pela Civilização e de Pobre Nação, ambos trabalhos de fôlego lançados recentemente no Brasil, conversa com o jornalista Lawrence Wright, cujo livro O vulto das torres, ganhador do Prêmio Pulitzer deste ano, revela de modo brilhante as raízes dos trágicos eventos de 11 de Setembro.

19h
Mesa 15 – DIÁRIO DE UM ANO RUIM -
J.M. Coetzee -
O ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2003 marcará presença na FLIP deste ano, trazendo, em première mundial, trechos de seu próximo livro, Diary of a Bad Year. Na obra de Coetzee, as fronteiras entre a narrativa ficcional e o discurso ensaístico nem sempre estão bem definidas. Em Parati, o autor lerá fragmentos de ensaios escritos pelo protagonista de seu novo romance, um velho acadêmico australiano que expressa suas opiniões sobre assuntos mundiais contemporâneos.

Domingo, 08 de julho de 2007

10h
Mesa 17 – SEM DRAMAS -
Bosco Brasil e Mário Bortolotto -
Nos anos 90, enquanto críticos choramingavam a falta de bons jovens dramaturgos brasileiros e diretores reclamavam da falta de patrocinadores e palcos para trabalhar alguns novos talentos arregaçaram mangas e enfrentaram as duas questões. Escreveram suas peças, montaram suas companhias, arrumaram espaços alternativos para encená-las. Deu certo. Mário Bortolotto e Bosco Brasil são a prova. Os dois ganharam os principais prêmios do país, conquistaram públicos cativos e continuam desbravando a trilha aberta por Nelson Rodrigues. No palco da FLIP debaterão para onde leva esse caminho.

11h45
Mesa 18 – NO CORAÇÃO DA SELVA -
Luiz Felipe de Alencastro -
Para comemorar os 150 anos do nascimento do grande escritor Joseph Conrad (1857-1924), o historiador Luiz Felipe de Alencastro explora o Coração das Trevas, novela publicada em 1900 que conduz seu herói do Tâmisa ao Congo e, assim, ao coração do colonialismo europeu. Ao fazê-lo, Alencastro retorna a um espaço que conhece como poucos: o Oceano Atlântico que serviu de berço ao Brasil escravista.

15h
Mesa 19 – SOBRE MENINOS E LOBOS -
Ishmael Beah e Paulo Lins -
Dos lugares mais imprevisíveis pode brotar uma literatura vibrante. Ishmael Beah e Paulo Lins viveram em ambientes tomados de brutalidade e desespero — e resistiram, contando então suas histórias. As memórias de Beah, Muito longe de casa, são um relato fascinante de sua vida como criança-soldado em Serra Leoa e do modo como se libertou. Cidade de Deus, a obra de Paulo Lins que deu origem ao filme esplendidamente adaptado por Fernando Meirelles, romanceia a experiência de crescer numa favela assolada pelo crime. Dois sobreviventes falam do poder redentor das palavras.

17h
Mesa 20 –
DE MACONDO A McCONDO -
Rodrigo Fresán, Ignacio Padilla -
No quadragésimo aniversário da publicação do mais famoso romance latino-americano, Cem Anos de Solidão, duas vozes brilhantes da literatura mundial discutem os novos caminhos que se abrem para a ficção do continente. Rodrigo Fresán é o autor de Jardins de Kensington, um chiste caleidoscópico que trafega entre a Londres vitoriana e a psicodelia dos anos 1960. O romance Amphytrion, de Ignacio Padilla, é ambientado na Alemanha entre-guerras. Estes escritores idiossincráticos, iconoclastas e cosmopolitas mostrarão que já estamos muito longe de Macondo.
19h
Mesa 21 – LITERATURA DE ESTIMAÇÃO -
Vários autores -
Uma seleção de escritores da FLIP 2007 fazem leituras de trechos de obras que levariam para uma ilha deserta.

FLIP etc
Quarta-feira, 04 de julho de 2007
22h
Show musical - Bossa Nova, Andréa Gorgati -Voz e violão
Local: Café Paraty R$10
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Quinta-feira, 05 de julho de 2007
23h
Show musical - MPB, Terno de Damas, Trio Vocal Feminino, Baixo, Violão e Percussão
Local: Café Paraty R$ 35
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Sexta-feira, 06 de julho de 2007
23h
Show musical - MPB, Cristina Braga, Harpa, Baixo acústico, Percussão e Flauta
Local: Café Paraty R$ 35
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Sábado, 07 de julho de 2007
23h
Show musical - Choro, Trio Madeira, Brasil, Clássicos de Cordas e Choro
Local: Café Paraty R$ 35
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Domingo, 08 de julho de 2007
22h
Show musical - Bossa Nova, Andréa Gorgati - Voz e violão
Local: Café Paraty R$10

sexta-feira, maio 11, 2007

sexta-feira, 11 de maio de 2006

Carta à mãe (à moda de Henfil)
Então, mãe, veja só. Da mesma forma que a senhora, a maior parte do povo brasileiro é bom, mas não é bobo. A gente às vezes se faz de desentendido apenas porque a vida sem crença é árida demais. Isso não dá a ninguém minimamente inteligente o direito de acreditar que sejamos ingênuos.

Pois se até a senhora, assistindo aos excessos do Jornal Nacional Papal foi questionar o pai (não “o” Pai, mas o meu pai) sobre a razão do líder máximo do catolicismo, o sucessor de Pedro, vir ao Brasil... Pois então. A senhora até achou a missa bonita e, intimamente, orou a Deus para que lhe curasse a gastura, mas não se empolgou muito com o Ratzinger, hoje Bento XVI. Tudo bem, mãe, não se envergonhe não. É fato que o homem não tem o carisma do João, que beijava o solo de cada país que visitava.

Mesmo que não saiba nada sobre o histórico conservador do homem que quando prefeito da Congregação da Doutrina da Fé coordenou o processo que culminou na punição do então frade brasileiro Leonardo Boff; que é acusado de varrer para debaixo do tapete os crimes de pedofilia de alguns padres e que, ainda a caminho dos tristes trópicos, mandou um claro recado para o governo brasileiro ao ameaçar excomungar políticos mexicanos favoráveis ao aborto, a senhora sacou a distância entre o ideal e o pragmático. Se ele ainda os excomungasse por corrupção.

Sabe quem eu acho que nesta história toda acabou se saindo bem? O ministro da Saúde José Gomes Temporão. Sobre a condenação veemente do Papa ao aborto, Temporão disse que não era papel do governo discutir isso ideologicamente, mas sim com uma questão de saúde pública. Será que o ministro vai ser excomungado? Imagina o Papa vetando o ingresso no céu de um ministro do Brasil, Estado laico, exemplarmente sincretico.

Sabe, mãe, no meio de toda essa lenga-lenga dos jornais sobre a visita do Bento, com a televisão abusando dos clichês e de crianças cantando Nossa Senhora em falsete, eu garimpei uma notícia dizendo que uma das razões para o Papa vir tomar café com a gente é que ele quer que o Lula assine um acordo garantindo à Igreja todos seus direitos no território nacional (?), inclusive a consolidação de todas as isenções fiscais que recebe, obrigações no setor educacional (??) e mesmo a autorização para que missionários possam entrar em reservas ecológicas e indígenas. Também desconfio que ele deva estar preocupado com o crescimento da Igreja Universal.

Bem, é isso mãe. O Jornal onde o Bento defendeu a castidade antes do casamento, condenou a infidelidade no matrimônio, reprovou o uso de preservativos já terminou. E como eu desconfio que não vá ascender aos céus, só me resta me ligar ao Paraíso Tropical, pois hoje a mulher vai descobrir que o marido é adúltero.
Sua benção.

domingo, maio 06, 2007

domingo, 6 de maio de 2007

Carioca é campeão mundial de surf
O surfista carioca Phill Rajzman venceu o guarujaense Danilo Mulinha na final do Oxbow Pro World Longboard Championship, disputada em Anglet, na França. Esta vitória garantiu o inédito título mundial da categoria pranchões para um brasileiro.
Além do título, o time brazuca garantiu a incrível marca de três longboarders entre os quatro melhores do mundo. O surfista local de São Sebastião Carlos Bahia ficou na terceira colocação junto do havaiano Bonga Perkins.
"Estou muito contente com a minha vitória. Espero que este nosso resultado desperte o interesse dos empresários brasileiros pela modalidade. Gostaria de dedicar este vitória a minha filha Rafaela." declarou o campeão ao sair da água.
"Estou muito contente com o vice-campeonato. O mais importante é que temos um campeão brasileiro. Picuruta Salazar é meu grande exemplo e já foi três vezes vice. Esta foi a minha vez. Espero que com este resultado eu possa consiga o meu visto para os Estados Unidos para realizar meu sonho que é conhecer o Hawaii.", declarou Danilo Mulinha após a final.
Phill Rajzman solicitou a presença de Picuruta Salazar no podium, declarando que ele é um grande mestre para todos os brasileiros. "Para quem diz que longboard é esporte de velho, nós temos aqui três campeões da nova geração." afirmou Salazar.
Mica, Jaime Viúdes, Eduardo Bagé ficaram com a nona colocação. Amaro Matos, Marcelo Freitas, Roger Barros, Jonas Lima ficaram com a 17 colocação. Diego Rosa e Picuruta Salazar ficaram na 33 colocação. Robledo de Oliveira, Gabriel Nascimento, Gabriel Vicente, Marcos Reis e Marcelo Lima completaram o time brazuca na França.
O evento terminou com todos os brasileiros cantando o samba de Zeca Pagodinho "Deixa a vida me levar" na podium.
(extraído do site waves. Desative seu bloqueador de pop-ups, clique aqui e veja algumas das fotos publicadas no site)

sexta-feira, maio 04, 2007

sexta-feira, 04 de maio de 2007

Segue até amanhã, em Brasília, a Feira da Música Independente (FMI -http://www.fmi2007.com.br/ ). São shows de artistas não ligados às grandes gravadoras, multinacionais; palestras e workshops que movimentam o Teatro Nacional.

Ontem, assisti ao grupo carioca de samba Casuarina. Hoje, estou indo conhecer os belgas da Asimov, segundo o site do evento, "uma banda de rock da Bélgica comparada por críticos musicais a bandas como Foo Fighters, Coldplay, Pixies, Stone Temple Pilots". E, amanhã, com certeza, irei ouvir o Shod Group, do Uzbequistão. Sim, Uzbequistão.


Para quem está na capital, vale o programa.