sexta-feira, outubro 31, 2008

Teatro Macapaense

foto: divulgação
Hoje (31) é o último dia para quem estiver por Macapá conferir que na "capital do meio do mundo" também se faz teatro de qualidade. O grupo Os Desclassificáveis encerra a temporada do espetáculo Bent, no Sesc Araxá, às 20 h. Ingressos a R$ 5.

Escrita em 1979 pelo dramaturgo norte-americano Martin Sherman, a história trata da perseguição nazista aos homossexuais à partir da segunda metade da década de 1930.

quinta-feira, outubro 30, 2008

UM LUGAR BONITO


As placas de sinalização indicam que, oficialmente, a edificação construída no século XVIII se chama Fortaleza de São José. No entanto, desde a reforma que consagrou o local às margens do Rio Amazonas como motivo de orgulho dos macapaenses, todo o entorno da fortaleza passou a ser chamado popularmente como “Lugar Bonito”.
O Parque do Forte, realmente, está muito bem cuidado. A fortaleza em si também está em bom estado de conservação, sendo um dos principais atrativos turísticos da capital amapaense.

Além disso, a brisa e a umidade fluvial são motivos a mais para que macapaenses de todas as idades e classes sociais que buscam refúgio contra o calor “do meio do mundo” (Macapá é cortada pela linha do Equador) se espalhem por bancos e pelos jardins que cercam a fortaleza.

terça-feira, outubro 28, 2008

Naked Lunch Amazônico

Não, não é. Se você, como eu quando me deparei com esse bicho em uma das ruas de Macapá, estiver pensando que isso é um besouro, quero dizer-lhe que não, não é um besouro.

Eu não usei qualquer alucinógeno durante minha estadia em Macapá (AP). Nem mesmo a famosa gengibirra eu experimentei. Talvez por isso essa coisa não tenha chegado a conversar comigo. Mesmo assim, a partir do depoimento de macapaenses que viram essas fotos, posso lhe assegurar que isso é uma barata. Uma barata d´água. E as fotos falam por sí: uma barata d´água maior do que uma caneta. Alguém me disse que "ah, mas essa deve ser filhote". Outra pessoa me disse que ela voa. E uma terceira que sua "picada" provoca febre. A partir daí, passei a dormir com as janelas fechadas.

Ainda bem que a idéia de que há cobras rastejando pelas ruas das cidades da Amazônia não passam de "folclore", fruto da ignorância. Basta que haja baratas desse porte capazes de voar.
(Não entendeu o título deste post? Não sabe o que é Naked Lunch? Clique aqui. Aqui ó! )

segunda-feira, outubro 27, 2008

SANTOS?

Não. Macapá.


Porque, diferentemente da cidade paulista onde todos os canais "correm para o mar", na capital amapaense essa água suja e fétida vai poluir o Rio Amazonas.

sexta-feira, outubro 17, 2008

O que Obama diz ouvir e o que os eleitores tiveram que escutar

Só o tempo dirá se Barack Obama será, se eleito, capaz de minimizar os efeitos da atual crise mundial para a economia norte-americana e, ao mesmo tempo, aplacar a antipatia que os Estados Unidos alimentaram junto a boa parte da comunidade internacional durante os últimos oito anos.

Em relação ao Brasil e a América Latina, especialistas afirmam que o democrata tende a ser tão protecionista quanto qualquer outro presidente norte-americano foi ou será. Entretanto, uma coisa é fato: Obama é pop.

Filho de um imigrante queniano e mulçumano, o candidato nasceu no Havaí, viveu alguns anos de sua infância na Indonésia e, de volta aos EUA, estudou na prestigiada Harvard. Durante a campanha presidencial, no entanto, alegou não ser mulçumano e evitou ressaltar o fato de poder se tornar o primeiro negro da História a governar a maior potência mundial. Além disso, também não costuma falar sobre a controversa questão da anexação, em 1898, do arquipélago havaiano pelos EUA.

Com seu histórico, Obama parece ter reacendido em boa parte do eleitorado as esperanças sobre a terra “das Oportunidades” ou “Promissora” . Sua campanha foi exitosa ao associá-lo à mudança com que sonha parcela dos norte-americanos e do resto do mundo após oito anos de gestão Bush Jr.

Somados todos esses fatores e considerada a estratégia de sua campanha, Obama atraiu o apoio de músicos, atores e artistas em geral. Além de reforçar sua imagem de sujeito “cool”, as celebridades com certeza lhe trarão votos preciosos.

O cd lançado por seu comitê para arrecadar fundos para sua campanha contou com nomes de peso da música e virou um sucesso na internet. Músicos do peso de Sheryl Crow, Lionel Richie, Adam Levine (do Maroon 5), Stevie Wonder, John Mayer, Jill Scott e outros cederam suas canções para que Obama recolhesse alguns dólares com a venda de Yes, We Can: Voices of a Grassroots Movement.


Obamas Music

Eu, no entanto, acho que o cd não está à altura das músicas de que Obama diz gostar durante entrevistas sobre o assunto. Portanto, tomando por base as entrevistas que o candidato concedeu às revistas Rolling Stone e Blender, preparei um playlist com “as canções do Obama”. Somei às músicas citadas pelo democrata algumas que foram gravadas por artistas entusiasmados com sua candidatura.

À Blender, Obama apresentou a seguinte relação musical: Ready or Not (Fugees); What´s Going On (Marvin Gaye); I´m On Fire (Bruce Spingsteen); Gimme Shelter (Rolling Stones); Sinnerman (Nina Simone); Touch the Sky (Kanye West); You´d Be So Easy to Love (Frank Sinatra); Think (Aretha Franklin); City of Blinding Lights (U2) e Yes We Can (Will.i.am, do Black Eyed Peas).

À Rolling Stone, Obama destacou o quanto gosta de Bob Dylan e de Bruce Springsteen. Também disse gostar de jazz. Em outras entrevistas, ele citou a obra de Louis Armstrong. Como não mencionou uma música em particular, escolhi uma de que gosto muito e que, se fosse o coordenador da campanha, diria ser oportuna: We Have All The Time in the World. Quer uma mensagem mais esperançosa que essa para vender para o eleitorado.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Toca o play!

Demorei a atualizar a parada de sucessos semi-foscos, mas eis, ao lado, minha segunda tentativa de bancar o dj.

De Stevie Wonder à Amy Winehouse, procurei unidade em The Jacksons Five, Outkast, Macy Gray, George Clinton e dois rappers da chamada "old school": o forte apelo dançante da música black.

E, ao final, ainda há um link para minha primeira experiência com o imeem (#01). Só rock.

Semana que vem, na sexta (17), tem o #03: Obama´s Music. E o atual playlist é transferido para aqui abaixo.



)

sexta-feira, outubro 03, 2008

Impressões de um semi-fosco numa cidade classe média

O bar do Hotel Acácia não funciona. Há tempos que nenhum hóspede pedia um vinho por aqui. Daí o gerente ter se esquecido de mandar os funcionários atualizarem os preços.

Treze reais por uma garrafa de tinto de La Rioja, Argentina, foi a melhor coisa que encontramos em São Caetano do Sul (SP) - minto, há também uma boa pista de skate em frente ao terminal de ônibus, no Centro -, cidade com o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país e apenas 15 quilômetros quadrados. De resto, nada digno de nota.

Compreensível. Quem viaja para a “melhor cidade do país” e se põe a procurar cortiços não deve mesmo esperar o sono dos justos. Como punição, coube-me carregar o insustentável peso de um notebook que não tem dúvidas e que se nega a me revelar onde se esconde a interrogação. O celular que trouxe comigo só faz chamadas de emergência. Para o caso de eu precisar acionar a polícia ou o SAMU sulsaocaetanense. E meu cartão do banco também não funciona. Ou seja, viajei mil quilômetros para exercitar o desapego.

Leio que os “eleitores de São Caetano do Sul não se iludem com ações populistas”. Bom isso, né. Assim eu fico mais tranqüilo. Porque embora a prefeitura tenha reconhecido que a cidade tem sim cortiços, ninguém soube me apontar um. Agora, a cidade tem eleitor classe média. Ah, isso tem. Do tipo que toma vinho a R$ 13. O que eles sabem da vida eu ainda não descobri.