segunda-feira, dezembro 22, 2008

O MALA DO ANO

Embora a idéia não seja original, a iniciativa do jornalista Ricardo Kotscho de promover entre os leitores de seu blog (colunistas.ig.com.br/ricardokotscho) uma eleição para escolher os malas deste ano que se encerra é, no mínimo, divertida. Pena que a votação termina hoje (22).

Como, neste caso, o voto não é secreto, "darei publicidade" ao meu:

"Se, ontem (21), até o ombudsman da Folha de S.Paulo reclamou da presença excessiva do excelentíssimo ministro Gilmar Mendes no jornal, quem sou eu para não reconhecer-lhe o mérito de ter sido o “mala do ano”. E olha que, a meu ver, ele ganhou da Maísa, do SBT. Páreo duro…"

Até o momento, pesquisas de boca-de-urna indicam que Mendes tem forte chance senão de ganhar já no primeiro turno, levar a disputa para o segundo turno, superando assim fortes candidatos como Lula, Maísa, Galvão Bueno e Luana Piovani.

sábado, dezembro 20, 2008

Um tapinha global, ao vivo, não dói?

Eu queria ver se o repórter Márcio Canuto, da TV Globo, teria coragem de dar um tapa na cara, ou uma sapatada que fosse, no George W. Bush.



Imagino o seguinte diálogo entre Canuto e Bush:

_ (repórter) Eis aqui o fanático presidente norte-americano. Presidente, invadir o Iraque para defender os interesses imediatistas da indústria petrolífera ou manter o emprego na Casa Branca para um Republicano?

_ (Bush) Combater o terrorismo.

_ (repórter) E os custos? E os mortos de ambos os lados? Os prejuízos econômicos e ambientais?

_ (Bush) Foda-se

- TAPA NA RUBRA FACE PRESIDENCIAL -

_ (repórter) Que é isso, cowboy? Tenha calma, rapaz. Tenha calma. Você está impossível. Ficou entusiasmado demais - diz o repórter enquanto, agarrado ao texano, tenta lhe dar uns cascudos, no que é interrompido por ágeis mariners que o imobilizam com uma chave-de-braço.


Reconhecendo a dificuldade de alguém se aproximar do já ex-presidente norte-americano, eu ficaria satisfeito se Canuto empregasse essa sutil técnica da arte de interrogar, digo, de entrevistar - desenvolvida por agentes do antigo Serviço Nacional de Informações (SNI) - com Daniel Dantas, Paulo Maluf ou Darly Alves da Silva, este último condenado por ter encomendado a morte de Chico Mendes. Imagina a reação.

Só uma ressalva: O repórter semifosco soube por fontes seguras que, indiferente à ética jornalística, a mãe do rapaz esbofeteado aprovou o corretivo aplicado pelo repórter. Não bastasse abandonar o emprego e gastar toda a rescisão para ir de Fortaleza ao RJ assistir a um show, o garoto ainda renega a todo o esforço materno para lhe dar educação e fala um palavrão na tv, ao vivo. "Isso é coisa que se faça. O que os vizinhos vão pensar. Que a mãe não educou. Esse menino não se criou na rua, não".

TOM e JERRY

A BBC chancelou e o Estadão reproduziu:

Ratos são suspeitos em incêndio que matou 100 gatos

Fogo destruiu um abrigo para animais perto de Toronto, no Canadá.

"Ratos podem ser os culpados por um incêndio que matou quase 100 gatos em um abrigo para animais perto da cidade de Toronto, no Canadá.

O fogo também matou três cachorros e alguns ratos que esperavam adoção.

O relatório inicial sobre o incidente diz que ratos ou camundongos teriam roído a fiação elétrica do teto do prédio, o que teria causado o incêndio.

"É triste e irônico que ratos tenham provocado as chamas que mataram os gatos", disse o porta-voz do abrigo Sociedade Humanitária Ian McConachie.

"Infelizmente, os ratos também devem ter morrido no incêndio."

O fogo causou um prejuízo de US$ 250 mil (R$ 600 mil) e o incidente ainda está sendo investigado pelas autoridades canadenses.

Ao todo, apenas nove cachorros, dois gatos e um rato foram retirados com vida do prédio em chamas.

Eles foram mandados para outro abrigo, enquanto a sede da Sociedade Humanitária na cidade de Oshawa é reconstruída com a ajuda de voluntários. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC".

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Comentários (01)

Paladino Semifosco - A imprensa mundial tem a obrigação de acompanhar o desenrolar das investigações. Além da fumaça e do cheiro de churrasco, muitas dúvidas continuam pairando no ar.

Antes de mais nada, os investigadores devem evitar prejulgamentos, buscando identificar se os responsáveis pelo incêndio eram ratos ou camundongos, evitando assim que inocentes sejam criminalizados por algo que não cometeram. Um equívoco de tal natureza, além de lançar o descrédito sobre a Justiça, tende a reforçar velhos preconceitos contra minorias já bastante perseguidas.

Também resta saber se as autoridades canadenses pedirão o indiciamento dos responsáveis pelo incêndio que vitimou tantos pobres animais, entre eles alguns ratos órfãos já bastante maltratados pela má sorte e que morreram antes de verem realizado o sonho de encontrar uma família para chamar de sua.

Por fim, cabe a dúvida se os responsáveis por tocar fogo na palhoça serão indiciados. E, se forem, se responderão a crime culposo (sem intenção de ferir ou matar) ou doloso (intencional). Foi um crime premeditado, um múltiplo assassinato que deu errado, ou uma tentativa de suicídio que fugiu ao controle?

Qualquer que seja o caso, prevejo que a defesa deverá sustentar que seus clientes são inimputáveis por o crime ter sido motivado pela fome.