quarta-feira, março 28, 2012

Driver



Só eu não entendi Driver?

E, ainda assim, (ou, talvez, por isso mesmo) gostei. Mesmo que o filme com Ryan Gosling não tenha atingido a minha expectativa -alimentada por tantas críticas e comentários positivos -, vai levar nota 6,729. Até porque, discordo de que a violência seja gratuita.

(Só um detalhe: desconfio de que se você assistir com atenção ao trailler abaixo e tiver alguma imaginação para preencher os espaços em branco, não precisará ir ao cinema. Eu, ainda bem, não tinha visto o trailler antes)

]


Cahuita, Zancudo e XIS

 
Às vezes penso em adquirir dois cães só  para poder dar-lhes nomes. E olha que eu nem gosto tanto assim de animais de estimação. A questão é que acho os nomes caninamente falando sensacionais.

Chamaria-os de Zancudo e Cahuita. Duas praias da Costa Rica. Coisa fina.

Zancudo seria um cão vira-lata, grande, negro. Metido a bravo, mas inofensivo (ao contrário de la playa de arena oscura y ollas fuertes). Já Cahuita seria, de preferência, uma golden retriever de pelo claro e longo, serena e observadora. Na minha fantasia  momentânea (daquelas que não cogitamos realizar), os dois tomariam conta do quintal onde eu manteria uma mini-ramp de pouco mais de um metro de altura para rolês de skate nos finais de tarde. Aos fins de semana,  eles me levariam para passeios demorados. Na praia. Qualquer praia onde, depois, sozinho, eu pudesse surfar. E, talvez, tomar uma água de coco



Aliás, por falar em coco, por onde andará o XIS, hein? Sim, o rapper, autor de Chapa o Coco, uma das faixas do excelente disco Fortificando a Desobediência (ouvir), de 2001, que eu e Antonio costumávamos ouvir enquanto faxinávamos a República Caiçara na Belacap, muitos séculos atrás. Onda vem, onda vai...

segunda-feira, março 26, 2012

Da fria curitibana...



Coisas da internet. Sabe como é. A banda grava um single, cria uma conta no myspace, disponibiliza a música na internet e, de repente, quando você vê, todo o povo "in" tá comentando e espalhando a novidade através das redes sociais. 

Depois de A Banda Mais Bonita Da Cidade, a bola da vez parece ser a curitibana Goo Goes Lave que divulgou há apenas dois dias, no youtube, seu primeiro e, até agora, único single conhecido.

Please Don´t Act Your Age é pegajoso e forte candidato a bombar nas pistas de dança. Tanto que, com pouco mais de mil acessos no youtube, já permitiu aos três integrantes da banda (Ule, Diogo Zavadzki e Beto Bolliger) divulgarem um primeiro show na capital paranaense, para breve.
A novidade é que, às 15h30 do dia 26 de março, a página no facebook tem apenas 17 horas desde sua criação, enquanto o vídeo da música foi "lançado" no youtube há apenas dois dias.

Melodia no Coração do Brasil


Presença constante nos palcos do Sesc-SP, Luiz Melodia é, de longe, o músico brasileiro de quem eu mais já vi shows. Ainda assim, a cada nova apresentação sua, cresce minha admiração pelo Pérola Negra. Uma das mais belas interpretações masculinas da MPB.

No sábado, para minha surpresa, Melô tocou no pequeno palco do Sesc Garagem, em Brasília (DF). A R$ 10 a inteira. (enquanto quem quisesse assistir a outro gênio, Paulinho da Viola, no Teatro Nacional, tinha que desembolsar R$ 260). Mesmo com as cadeiras extras colocadas no centro do palco de arena, o número de pessoas do lado de fora deve ter beirado o dobro das que conseguiram ingresso.

Acompanhado apenas pelo fiel violonista Renato Piau, com quem toca desde o lançamento do clássico Pérola Negra (1973), Melô fez um show intimista, mas extremamente divertido, graças a maior proximidade com a plateia. Com mais espaço, Piau também brilhou, mostrando um talento nem sempre explicitado quando acompanhado por toda a banda de Melodia. Até uma música sua, o Blues do Piauí, o violonista apresentou. Dando a Melodia o tempo necessário para ir ao camarim reclamar a taça de vinho que reivindicou durante todo o show. Bola fora da organização.

Além de uma excepcional versão de UM NEGRO GATO, Melô resignificou (ao menos pra mim) o seu próprio verso "acalma os sentidos dos erros que faço"

(Espero que o ECAD não venha me cobrar direitos por divulgar, sem fins lucrativos e como forma de compartilhar minha admiração, trechos de um show a que assisti)


 

domingo, março 25, 2012

Sempre pode piorar....


"Pode se preparar para dormir mais tarde, porque hoje tem a estreia do mais novo programa da Globo, The Ultimate Fighter, o reality show que vai selecionar um único lutador para participar do UFC". Ouvi isso há pouco, no Fantástico.

A culpa é minha, comentarão meus três leitores. O que estava fazendo que, na falta de companhia melhor, não estava deitado com um livro? Maldade. A notícia era tudo pelo que eu esperava para fechar meu final de semana. Saber que poderei "dar uma espiadinha" em 16 orelhas de couve-flor confinados numa casa, disputando seja lá o que for.

Nem acredito que conseguíamos dormir e nos preparmos para mais uma longa semana de ônibus cheio, trânsito engarrafado, poluição, dinheiro público desviado, alto custo de vida e falta de segurança sem termos visto o quanto é sacrificada a vida dos lutadores de MMA.

Eu achava impossível a tv brasileira voltar a nos surpreender após importar a fórmula Big Brother, que se adaptou tão bem ao nosso fértil solo televisivo. Felizmente, há quem pense `fora da caixinha´. Sensíveis produtores capazes de identificar o real interesse do público, aquela necessidade que nós mesmos não sabemos ter, mas que logo fica clara quando se divulga o primeiro excelente resultado de audiência.

Afinal, como a imprensa não se cansa de noticiar, o MMA é o esporte que mais cresce em popularidade no país. Já deve ser o segundo mais assistido no Brasil. A origem da informação, ou seja, a pesquisa que identificou isso, ninguém nunca viu, mas quem vai duvidar se até o Galvão Bueno passou a narrar lutas e o Ronaldo a agenciar lutadores. Estes caras sabem onde enfiam... sua torcida patriótica.

E não só eles. A Sandy, por exemplo. Após ser selecionada pela Globo para apresentar a atração, a namoradinha do país, que já tinha revelado ter um lado devassa, tornou pública sua paixão pelo MMA. Disse que treina boxe, assiste à lutas e até tieta lutadores.

(Deus! Sandy não vai ler este post, mas como eu também não vou adicioná-la ao meu facebook, fica aqui mesmo meu recado: menina, se você realmente gosta de se exercitar treinando boxe, procure outra academia, porque aqueles soquinhos que você apareceu dando no saco de pancadas indicam que alguém anda te aplicando o 171)

As outras emissoras, como sempre, irão correr atrás do "prejuízo". Talvez tenham que variar o tema, mostrando as dificuldades de jovens durante as peneiras de clubes de futebol; o desafio dos surfistas que vivem longe do mar ou pelo menos de ondas de qualidade; ginastas sem patrocínio, skatistas que só conseguem sobreviver do esporte se deixarem o país, tenistas vindos das "comunidades", corredores sem pistas de atletismo etc, etc, etc

Além da matéria caprichada sobre a nova atração da emissora, o Fantástico ainda exibiu o quadro O Que Vi Da Vida, com o também lutador Anderson Silva. Desligo a tv, pego uma revista e vou me deitar.

Entendo o quanto os atletas de qualquer esporte tem que suar para chegar a algum lugar. Admiro a disciplina e o despreendimento necessários à prática destas lutas da moda, mas, sinceramente, não creio que esse súbito interesse da Globo seja algo construtivo. Interesse, aliá, que me dá alguma esperança. Quem sabe, com a Globo encampando a prática com tanta avidez, não acontece o mesmo que vem ocorreu com o futebol brasileiro. Não. Não estou me referindo ao fato de que, hoje, um torcedor morreu e outro dois foram internados após uma briga de torcidas em São Paulo. Falo é da total falta de brilho e de organização do futebol brasileiro, administrado por...bom, a esta altura, vocês sabem por quem.

sábado, março 24, 2012

Parte da sociedade se opõe a atendimento humanizado a moradores de rua


A Constituição Federal estabelece que a assistência social deve ser prestada a quem necessite. Ainda assim, segundo servidores públicos do Distrito Federal, a atenção básica e a humanização do atendimento a moradores de rua enfrenta a oposição de muitas pessoas que não reconhecem em quem mora na rua um cidadão, detentor de direitos, entre eles, o de receber a devida atenção do Estado.

Ouvidos pela Agência Brasil, representantes das secretarias de Saúde e de Segurança Pública do Distrito Federal, além do presidente do Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Michel Platini, afirmaram que o preconceito, o desconhecimento da realidade e o medo levam muitos a verem os moradores de rua apenas como uma ameaça ou um transtorno. E a exigir do Estado soluções imediatas para um problema social complexo. Para os três, os crimes contra moradores de rua de todo o país, que chegaram ao conhecimento da imprensa e da sociedade nos últimos dias, são apenas “a ponta de um iceberg”.

"Infelizmente, vivemos com a noção de que parte da sociedade quer exterminar ou higienizar [limpar as ruas da presença dos que não têm casa] estas pessoas, sem reconhecer que elas têm direitos”, comentou Antonio Garcia Reis Júnior, médico da equipe da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e responsável por atender às famílias que, sem ter onde morar, vivem nas ruas do Plano Piloto (região central da capital federal). "Há muitas pessoas que não compreendem sequer a existência de equipamentos públicos sociais destinados à população de rua.”

Segundo Reis Junior, a mesma intolerância é verificada entre alguns agentes públicos responsáveis por atender à população de rua. “A rejeição a estas pessoas vem não só de membros de uma comunidade, mas também de alguns servidores públicos e até mesmo dos próprios moradores de rua [entre si]. Há pacientes que reclamam da animosidade com que são tratados em outros equipamentos públicos, da relação com a polícia, entre outras queixas que acabam os afastando do Poder Público.”

De acordo com o major Marcos Lourenço de Brito, chefe do Núcleo de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, da Secretaria de Segurança Pública do DF, o medo - nem sempre sem razão - que muitos sentem ao avistar um morador de rua tem contribuído para a intolerância de quem defende uma política "higienista" como solução para o problema.

“Quando se sente importunada por moradores de rua, a comunidade em geral quer uma resposta imediata. Muitas pessoas cobram [do Poder Público] atitudes drásticas, às vezes até com viés de violência”, comentou o major. “Muitas vezes, isso resulta em atitudes isoladas, impensadas de pessoas que se sentem agredidas e que, por considerarem que o Poder Público não resolve o problema da forma como gostariam, adotam a justiça com as próprias mãos.”

Ao menos 165 moradores de rua foram mortos no Brasil entre abril de 2011 e a semana retrasada, segundo dados do Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores (CNDDH). Além dos casos não notificados, as investigações policiais de 113 dessas ocorrências não avançaram e ninguém foi identificado e responsabilizado pelos homicídios.

Somente no Distrito Federal, nas últimas semanas, ao menos três moradores de rua foram mortos e um sobreviveu a um atentado, embora tenha tido queimaduras graves por todo o corpo. Em uma das ocorrências, a Polícia Civil apurou que um comerciante encomendou a morte dos morados de rua por R$ 100.

Diante da repercussão, o governo do Distrito Federal decidiu antecipar para os próximos dias a publicação de um decreto que institui a política de atenção a moradores de rua, estabelecendo medidas de enfrentamento às dificuldades, discriminação e violência enfrentadas por essa população. Além de uma campanha de enfrentamento à intolerância, o governo promete construir três novos abrigos e dois centros de Referência Especializados para Pessoas em Situação de Rua (Centros Pops). O governo também quer realizar cursos de capacitação em direitos humanos de 20 horas para preparar os policiais a lidar com grupos como os de moradores de ruas.

De acordo com o último censo da população de rua da capital federal, há 2.365 pessoas vivendo nas ruas de Brasília. Para a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, a deputada Erika Kokay (PT-DF), os assassinatos e as agressões físicas contra moradores de rua são sintomas de um problema bem maior.

“Devemos estar atentos às agressões, pois elas representam um processo de desumanização, mas também é necessário resgatarmos a lógica de que todos os seres humanos são iguais e têm direitos. Não podemos admitir que a sociedade passe a aceitar as agressões contra os moradores de rua ou qualquer outro grupo como algo natural”, afirmou a parlamentar durante audiência pública realizada nesta semana pelo Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos.

Setlist para Funeral

As três canções que a personagem de John Cusack em Alta-Fidelidade (o ex-dj semifosco e dono de um sebo com mania de fazer listas de cinco melhores, Rob Gordon) elegereria para tocar durante seu enterro.

Many Rivers To Cross, Jimmy Cliff
Angel, Aretha Franklin
You´re The Best Thing That Ever Happened To Me, Gladys Knight

A manifesta fantasia do auto-sabotador: "sempre fantasiei uma linda mulher insistindo em You´re The Best Thing That Ever Happened [Você Foi A Melhor Coisa Que Já Me Aconteceu]. Mas quem seria esta mulher?".

E para não dizer que Gordon não fala de `flores´, uma boa dica para fundo sonoro durante eventuais reconciliações: Most Of The Time, de Bob Dylan (no vídeo abaixo, em uma versão mais "crua" que no filme de Stephen Frears e com legendas em espanhol).

A razão disso estar aqui? Sei lá...Quando visto pela segunda vez, o filme nem é isso tudo, valendo mais pela trilha. Ainda assim, vá lá...fica o registro. (eu hoje estou mais reticente que de costume)


terça-feira, março 20, 2012

Vidas Cruzadas

O problema, mas também a delícia, de envelhecer é que qualquer um que tenha uma boa memória e esteja atento ao que o cerca pode reunir um repertório de referências, experiências e saberes que lhe permitam estabelecer comparações e, consequentemente, valores com os quais confrontar o que lhe dizem.

Não sei porque pensei isso após assistir ao filme Vidas Cruzadas, mas desconfio que tenha sido uma maneira inconsciente de tentar entender as várias críticas elogiosas que li e o sucesso comercial da fita com Emma Stone e Viola Davis.

É um vício meu. Sei que cinema, principalmente o hollywoodiano, é entretenimento. Ainda assim, não consigo deixar de crer que algo que tenha envolvido os esforços de centenas de pessoas, consumido meses de trabalho e custado alguns milhões de dólares merece alguns instantes de reflexão. Dizer que quem manda mensagem é celular pode até soar engraçado, mas, no fundo, é terrivelmente estupidificante.

Daí que, refletindo, concluí que a história de Vidas Cruzadas é como um bandaid sobre a ferida. Aliás, um bandaid nada original, daqueles com motivos infantis. Tanto que o filme é distribuído pela Walt Disney e recomendável à crianças a partir dos 12 anos.

Entenda: não estou dizendo que o filme seja ruim. Tecnicamente, é perfeito. Além do mais, Viola Davis e Octavia Spencer estão excelentes no papel de empregadas domésticas negras maltratadas pelas patroas sulistas brancas (apesar de eu achar que a melhor interpretação é a de Bryce Dallas Howard, cujo papel de megera racista e esnobe é muito mais exigente). O problema é que, a meu ver, ele não é nada além de um forte candidato à Sessão da Tarde de aqui a alguns meses.

Por quê? Porque, ao meu ver, ele não incomoda além da dúvida sobre quantas indicações aquele prêmio acadêmico chatíssimo iria receber. Deixamos o cinema pensando em como Octavia Spencer está bem, fazendo-nos rir com tal drama humano. E não creio que um bom filme sobre a segregação racial e sobre os crimes cometidos devido à intolerância e estupidez humana possa não incomodar.

(ao meu lado, durante o filme, um casal comentava como era possível que isso tivesse acontecido, mas que, felizmente, estava superado. Pensei não só na continuidade dos problemas decorrentes da escravidão, segregação etc, mas também em como não viam que isso continua acontecendo ainda hoje. Com os índios do Mato Grosso do Sul, com os moradores de rua de todo o país, com quem trabalha em lixões)

Vidas Cruzadas pode passar por um filme excepcional, além do que é, para quem não compará-lo com outros do gênero que o precederam, como Conduzindo Miss Daysy, Uma História Americana (que também trata das relações entre negros e seus patrões) e, principalmente, Mississípi em Chamas – este último, obrigatório.



sexta-feira, março 16, 2012

HUGO CABRET


Um filme de auto-ajuda que cumpre os propósitos (palavra-chave do filme) de entreter e (re)apresentar o pioneiro George Mélies ao público enquanto assegura que todos tem seu lugar no mundo.

Uma guinada (não necessariamente para melhor) na filmografia do `esteta da violência´ Martin Scorsese, diretor de Taxi Driver, Gangues de Nova York, Ilha do Medo, entre outros. Avaliação: Fofo. 

O pensamento de um dos passageiros da "Locomotiva" Progressista Brasileira

165 moradores de rua foram mortos no país desde abril de 2011

De abril de 2011 à semana passada, 165 moradores de rua foram mortos no Brasil. O número foi divulgado hoje (15) pelo Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores (CNDDH) e representa ao menos uma morte a cada dois dias.

Segundo a coordenadora do centro, Karina Vieira Alves, as investigações policiais de 113 destes casos não avançaram e ninguém foi identificado e responsabilizado pelos homicídios. O CNDDH também registrou 35 tentativas de homicídios, além de vários casos de lesão corporal.



Eis a opinião de um leitor da Folha de S.Paulo sobre o assunto:

(Estudo a partir do retrato do papa Inocêncio X de Velázquez - Francis Bacon)

"Ótimo! Bom começo! Agora, só falta fixar o objetivo de tê-los [moradores de rua] todos na horizontal antes do final de 2012. Afinal, morador de rua serve exatamente para quê? alguem aí arrisca um palpite? Rua é lugar de passagem, não é residência, nem moradia: o termo está impróprio e o sujeito em questão deveria voltar a ser designado como "vadjio ou vaghabwndo", como desde o início dos tempos e em todo o mundo! Podem acabar com êles ou pelo óbito compulsório, ou pela concentração dêles em fazendas reabilitação". Caio Márcio Rodrigues - SP



Evidentemente, a Folha não é responsável pela opinião de seus leitores. A questão é que,  eu, que sou leigo, vejo na mensagem acima elementos que poderiam caracterizar ao menos dois crimes: incitação à violência e discriminação. Estando eu correto, o site deveria reproduzir este tipo de pensamento? Deixar de publicar a manifestação do leitor seria censura? 

quarta-feira, março 07, 2012

Surfando diante do Congresso

                                           foto: José Cruz / ABr


Movimento dos Sem Praia invade o Congresso Nacional para protestar contra a aprovação do Código Florestal e reivindicar a construção de fundos artificiais que permitam o melhor aproveitamento das ondulações que atingem o litoral brasileiro  e a instalação de piscinas de ondas artificiais nas cidades do interior. O grupo também pleiteia a concessão de um auxílio-migratório, benefício pago aos surfistas  que, durante o verão, são impedidos de praticar o esporte devido à falta de ondas.  

terça-feira, março 06, 2012

Pedalando por mais segurança no trânsito


Ciclistas de várias cidades brasileiras realizam hoje (6) à noite uma manifestação para pedir mais atenção dos governos às bicicletas como meio de transporte a ser levado em conta na elaboração de políticas públicas de mobilidade. O objetivo é exigir mais segurança no trânsito por meio de ações como a construção de ciclovias e a realização de campanhas educativas para sensibilizar os motoristas e os ciclistas sobre seus direitos e deveres previstos no Código de Trânsito Brasileiro.

As manifestações estão previstas para ocorrer a partir das 19h, e, segundo informações divulgadas pelas redes sociais, há grupos locais organizando-as em Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Caxias do Sul (RS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Gramado (RS), Laranjeiras do Sul (PR), Londrina (PR), Manaus (AM), Maringá (PR), Natal (RN), Parnamirim (RN), Ponta Grossa (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Lourenço (MG), São Luís (MA), São Paulo (SP), Timbó (SC) e Vitória (ES).

Chamada de Bicicletada Nacional, a iniciativa é uma ampliação dos passeios que grupos realizam semanalmente em cidades de todo o país e foi desencadeada depois que ao menos menos três ciclistas perderam a vida, atropelados em apenas um dia.

Na última quinta-feira (2), a bióloga Juliana Dias, 33 anos, foi atropelada por um ônibus quando transitava pela Avenida Paulista, em São Paulo, uma das mais conhecidas vias do país. No mesmo dia, pelo menos mais dois ciclistas também morreram atropelados.

O mecânico Hélio Nunes da Costa, 43 anos, foi atingido por um carro ao tentar atravessar a BR-316, na região metropolitana de Belém (PA) e a poucos metros de uma passarela de pedestres. A terceira morte foi registrada no Riacho Fundo (DF).

Somente na capital paulista, 439 ciclistas morreram no trânsito entre 2005 e 2010, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

segunda-feira, março 05, 2012

reimprinting = reprogramação



"Surfe nas ondas do caos e aprenda 
a redesenhar sua própria realidade"


Pense por você. Questione a autoridade.