sábado, junho 30, 2007

Where the Hell is Matt?

Sábado, 30 de junho de 2006

AFINAL, QUEM É MATT HARDING?

Matt Harding é um designer de games norte-americano...ou melhor, era. Porque, hoje, Harding é um exemplo das celebridades espontâneas surgidas com o advento das novas tecnologias, que descentralizaram a produção e a distribuição de conteúdos.

Harding estava na casa dos 30 anos quando decidiu que criar jogos de video-games não era o suficiente. Ele queria apresentar ao mundo outros, digamos, talentos. E, lógico, viajar e se divertir.

Segundo seu próprio site, no início de 2003, Harding concluiu um trabalho na Austrália, apanhou seu dinheiro guardado e se mandou para uma viagem. Após meses batendo perna por lugares exóticos, um amigo lhe deu uma sugestão: porque não se filmar dançando diante de algumas belíssimas paisagens e monumentos? Harding levou a brincadeira à sério. Aliás, não só ele.

O sucesso obtido pelo norte-americano que, entre os primeiros entusiastas do YouTube, passou a ser mencionado como “aquele cara que dança na Internet”, chamou a atenção dos publicitários da fábrica de gomas de mascar Stride. A empresa pagou para que Harding desse um segundo giro pelo planeta. Em contrapartida, ele tinha de fazer o que já fizera antes, de graça: se deixar filmar dançando sua ridícula coreografia.

Com os vídeos divulgados em seu site e principalmente por meio do YouTube, Harding e a Stride reforçaram os argumentos dos que defendem que a televisão pode até não morrer, mas tem de se renovar urgentemente. Com a perspectiva de que computadores e acesso à conexões de banda larga se tornem cada vez mais acessíveis, as pessoas vão se sentir cada vez mais estimuladas a procurar novidades na rede, ao invés de permanecerem reféns da mesmice da grade das emissoras de tevê.

Clique sobre a imagem e confira se, ainda que tosco, o vídeo de Harding não é capaz de arrancar boas risadas. A música, sem dúvida, foi um achado. E o melhor da popularização das novas mídias é que elas permitem que qualquer um se expresse, a exemplo do sujeito que filmou uma paródia irônica ao vídeo de Harding. Para assisti-la, bata clicar no botão para retroceder um vídeo ao terminar de assistir o do norte-americano. É o botão da esquerda que aparece ao final de cada vídeo.

quarta-feira, junho 27, 2007

Quarta-feira, 27 de junho de 2007

cena do filme Baixio das Bestas, de Cláudio Assis, o mesmo diretor de Amarelo Manga


BAIXIO DAS BESTAS


Em São Paulo, punks agridem pessoas em uma lanchonete e acabam por esfaquear um rapaz que tomava uma cerveja após deixar o trabalho. Em São Bernardo do Campo (SP), um estudante de apenas 10 anos ataca e decepa um dedo de sua professora.


Em Brasília, um sujeito entra em uma pizzaria de uma cidade satélite de Brasília e mata oito pessoas. Poucos dias depois, o corpo de Isabela Faria, 14 anos, é encontrada decapitado em um matagal. A garota havia desaparecido no dia 14 de maio, quando voltava do curso de inglês, a cerca de 500 metros de sua casa.


No Rio de Janeiro, jovens “playboys” agridem uma empregada doméstica e se justificam alegando que a confundiram com uma prostituta. Além disso, 13 pessoas morrem durante operação policial no Complexo do Alemão.


Em Santa Catarina, um professor de 33 anos é morto a tiros diante de seus alunos, durante uma competição.


Realmente, o clima do planeta está esquentando e não há muito o que falar sobre isso se não admitir a impotência e o medo.

terça-feira, junho 26, 2007

Terça-feira, 26 de junho de 2007

CARTA AO AMIGO CELESTINO
E aí, meu amigo disciplinado, como vão as coisas na cidade caótica? Os ensaios estão avançando bem? Espero assistir em breve uma nova manifestação do gênio criativo do Grupo XIX. Já tá em tempo de aferir meus conceitos de realização e felicidade.

Besteira? Nem tanto. Tudo bem. Eu sei que a régua pra medir coisas assim abstratas é pessoal e intransferível, mas também acho importante estabelecer parâmetros com que confrontar os resultados de nossos esforços. Além do que, creio estar em meio a uma daquelas crises cíclicas de...valores? Isso ainda existe? Sei não, soa tão antiquado.

O fato é que dia desses eu tive uma espécie de insight. Atravessava a meia-noite deserta da capital seca quando, no instante em que escolhia entre o risco potencial de ser sodomizado nos subterrâneos da passarela de pedestres que atravessa por sob o Eixão e o perigo real de ser despedaçado por um bólido a 100 km/h, se acendeu em minhas idéias um luminoso escrito “sentir-se realizado nada tem a ver com estar feliz”. Na melhor da hipótese, talvez tenha uma relação bem, mas bem delicada.

Refleti meio sonolento que é possível atingir a realização profissional sem que isso te deixe exatamente feliz. Lógico que entendo que também não vai se sentir feliz alguém que não se sinta pleno naquilo que faz. Ou que pelo menos veja no que conquistou uma recompensa pelo seu empenho. Mas a realização profissional por si só já não me parece capaz de garantir de felicidade. Sintomático, não.

Escuta, por falar em felicidade, vê se segue meu conselho. Convide sua garota e nos encontre no Festival.

Abraço do seu amigo caiçara.

domingo, junho 24, 2007

Domingo, 24 de Junho de 2007

E olha que Brasília é mundialmente conhecida pela sua arquitetura.
Rampa de deficientes físicos de bloco da 403 Norte

segunda-feira, junho 04, 2007

Segunda-feira, 4 de junho de 2007

na sexta, ainda rolavam ondas no Itararé (SV) e no Píer Que shopping que nada! Cine Arte Posto 4. Na praia


Acabo de retornar de Santos (SP)...

Após mais de três meses sem surfar, nem o frio, nem as ondas pequenas me desestimularam a ir pegar onda na sexta-feira. Óbvio que tendo planejado minha viagem depois de ver em um site a previsão de que estariam rolando boas ondas, foi um pouco frustrante me deparar com séries de menos de um metro no Píer. Por outro lado, sem a prática, a idade pesa e o corpo sente. Talvez tenha me divertido muito mais nas merrecas do que se tivesse caído em um mar de responsa. No final das contas, com o horizonte tingido por um belo por-do-sol pós-chuva, deixei o mar com um sorriso estampado no rosto e com a certeza de que ainda que não surfe mais todos os dias e que já não consiga mais fazer grandes manobras, o prazer que sinto sobre uma prancha ainda me define como surfista.

Outra coisa que continua me deixando esperançoso em relação a “ex-capital vermelha” é a sua programação cultural. Querendo surfar, matar a saudade de meus pais, visitar alguns amigos e, acima de tudo, descansar, tive de abdicar de alguns “programas”. O Cine Arte, por exemplo. Sétima arte subsidiada pela Prefeitura: entrada a R$ 3. Apesar da precariedade da sala e dos equipamentos, o Cine Arte é, por excelência, um símbolo da resistência cultural santista.

No Sesc teve Mawaca na sexta-feira e a ótima peça teatral “A Memória das Coisas”, da Fraternal Cia. de Arte e Malas-Artes, no sábado e no domingo. No Teatro Municipal tinha um espetáculo de dança. No Ouro Verde tinha a tradicional roda de samba (coincidentemente, ao chegar em SP, apanhei um táxi cujo motorista ao saber que eu sou de Santos me disse que, há alguns anos, costumava descer a Serra todo o final de semana para ir ao... Ouro Verde).

E pra não dizerem que só falei de flores, Santos está se verticalizando em um ritmo vertiginoso. A quem se destinam os prédios de luxo que brotam dos escombros dos sobrados eu ainda não sei, mas com certeza não são para os jovens santistas desempregados. E seus personagens urbanos, andarilhos que percorrem toda a cidade, continuam lá.

É isso...escrito às pressas e resistindo ao cansaço.