segunda-feira, setembro 29, 2008

A Cauda Longa**


Viva a tecnologia! Graças às novas ferramentas tecnológicas que, como o imeen (http://www.imeem.com) ampliam as possibilidades de produção e de compartilhamento de conteúdo, o escriba resiliente agora é, também, um dj semi-fosco. Toda as semanas, de preferência às segundas-feiras, vou procurar listar aí ao lado dez das músicas que tenha ouvido e gostado durante a semana. Se quiser, você ouvirá mais de meia-hora de música sem intervalos comerciais. Se não quiser ou não gostar da "programação", você pode ir a internet e montar sua própria parada de sucessos. De graça.

Nesta primeira experiência, baixei algumas músicas apenas para ver se a ferramenta iria funcionar bem no meu blog. Deu certo.








(** O livro A Cauda Longa (Ed. Campus, 229 pág) foi publicado nos EUA em julho de 2006 e é o resultado de um detalhado estudo desenvolvido por Chris Anderson, editor-chefe da revista Wired, que analisa as alterações no comportamento dos consumidores e do próprio mercado a partir da convergência digital e da Internet. Trata-se da teorização de um fenômeno já existente e em virtuosa ascensão na indústria do entrenimento, que tem gerado um movimento migratório da cultura de hits para a cultura de nichos, a partir de um novo modelo de distribuição de conteúdo e oferta de produtos.

Antes da Internet, a oferta de produtos era feita única e exclusivamente através de meios físicos: um produto físico, distribuído através de um modelo de distribuição físico, exposto em lojas físicas, que atendiam os consumidores de determinada região. Nesse modelo, os custos de armazenagem, distribuição e exposição dos produtos são muito altos, o que torna economicamente viável apenas a oferta de produtos populares, para o consumo de massa. E é justamente por isso que crescemos acostumados a consumir um número reduzido de mega-sucessos; pop stars, block busters etc. Um varejista tradicional, que tem custos fixos altíssimos para manter sua loja aberta, não tem espaço nas prateleiras para ofertar um produto que não venda pelo menos algumas dezenas de exemplares todo mês. Essa é a cultura de hit.

Com o surgimento do mundo virtual, estamos cada vez mais transformando em bits o que antes era matéria. E é justamente o rompimento das barreiras físicas que torna possível a criação de modelos de negócios de Cauda Longa, em que a oferta de produtos é praticamente ilimitada, uma vez que os custos de armazenagem e distribuição digitais são infinitamente inferiores. Produtos economicamente inviáveis no modelo de hit encontram no meio digital seus consumidores. Por sua vez, os consumidores que antes tinham acesso a um número reduzido de conteúdos, passaram a ter uma variedade quase que infinita de novas opções. E passaram a experimentar mais, consumir produtos que até então desconheciam. É essa variedade e essa nova experimentação que proporcionam as alterações no consumo tradicional (Não é à toa que a geração da Internet é menos fiel às marcas e mais predisposta a consumir novos produtos).

O que antes era um mercado ignorado, não só passa a ter valor como vem crescendo a cada ano. Peguemos como exemplo o mercado de músicas digitais. Somadas, todas as centenas de milhares de músicas menos populares, de bandas menores ou desconhecidas no mainstream (novos nichos), cujas faixas vendem apenas alguns downloads ao ano na iTunes, já representam um volume de vendas equivalente ao dos poucos hits produzidos para vender milhões de unidades. - fonte: Wikipédia)


sexta-feira, setembro 26, 2008

UM BRASILEIRO EM PARIS foto: Caetana

No afã de noticiar o bom desempenho do surfista guarujaense Adriano Mineirinho no circuito mundial de surf (post abaixo), o blog deixou de creditar a agilidade jornalística de nosso correspondente globetrotter Carlos Leite. Foi ele quem, por e-mail, nos contou as boas novas. Diretamente da terra de Jean-Paul Sartre, Pasteur, Jean Renoir e de Jordy.

De passagem pela França, o surfista prego brasiliense viu nosso conterrâneo brilhar nas ondas de Hossegor. E numa demonstração de que surfista não é alienado, Leite visitou Paris, chegando inclusive a dar três voltas ao redor da Torre Eiffel. Perguntado sobre a emoção de ter estado em um dos mais conhecidos cartões-postais mundiais, Leite foi suscinto. "Falta uma feirinha com barracas de sururu, açaí e de pastel e caldo de cana como as que a gente encontra na Torre de TV, em Brasília".

Leite só diz ter ficado eufórico ao se dar conta de que a bonitona que dirigia o carro que quase o atropelou era ninguém mais do que a atual primeira-dama francesa. "Ela olhou esse latino estuporado junto à calçada e eu tive certeza de que era a Laura Pausini".

quinta-feira, setembro 25, 2008

UM BRASILEIRO NA ELITE DO SURF

Você viu? O surfista guarujaense Adriano Mineirinho obteve o terceiro lugar no Quiksilver Pro France 2008, oitava etapa do campeonato mundial de surf, o chamado WCT.
Como? Você não soube? Ah, a maioria dos ditos “jornalistas esportivos” da mídia brasileira também não, ocupados que estão com o que classificam como os “esportes populares”, ou seja, aqueles em que o dinheiro investido por patrocinadores é altíssimo, tal qual a popularíssima Fórmula 1, muito praticada em nossas estradas.

Com os pontos conquistados na etapa encerrada ontem (24), na praia francesa de Hossegor, Mineirinho passa a ocupar o quarto lugar do ranking mundial, 242 pontos atrás do terceiro colocado, o australiano Bede Durbidge. Como uma das três etapas que faltam para o término do circuito acontecerá no Brasil, Mineirinho tem grandes chances de repetir ou superar o feito do cabofriense Vitor Ribas, que, em 1999, terminou em terceiro lugar no ranking.

O campeão de Hossegor foi o também australiano Adrian Buchan. Em sua primeita vitória no WCT, Buchan superou o octacampeão mundial Kelly Slater. Com o segundo lugar, o fenômento norte-americano está prestes a erguer o título de campeão mundial pela nona vez. Para tanto, basta que ele termine em nono lugar na próxima etapa do circuito, que acontecerá nas pesadas ondas de Mundaka, na Espanha. Caso contrário, o WCT deve mais uma vez ser definido em Santa Catarina.