A Bienal Tipos Latinos 2010 apresenta cerca de 80 trabalhos tipográficos de designers da América Latina. Em sua quarta edição, a exposição divide-se em sete categorias, de acordo com a destinação de uso das fontes criadas - desde aquelas voltadas à composição de texto corrido às experimentais, que não priorizam a leitura. Entre os autores selecionados, estão os brasileiros Fernando Caro, Marconi Lima, Pedrina Reis e Ana Paula Megda.
E então? Passado o impacto inicial, que tal começar a aproveitar o que São Paulo tem de melhor a oferecer: a vida cultural e artística. Sim, porque na capital paulista até o mais `mudérno´ frequentador da Baixa Augusta tem que suar se quiser acompanhar seja lá qual for a cena. Na música, por exemplo, o caso de Guilherme Granado e seu Bodes e Elefantes é sintomático do que estou tentando dizer.
Na internet é fácil encontrar menções ao "projeto paralelo" do multi-instrumentista que toca no Hurtmold...Peraí. Como é que é? Hurt o quê? Pois é. Hoje "projeto paralelo" não é mais um privilégio de músico entediado com o sucesso alcançado pelo grupo que o alçou à fama. Nãããão. Hoje, "projeto paralelo" é o equivalente à dupla jornada de quem tem que ralar muito para saciar a fome, seja no sentido literal, seja figuradamente.
Difícil de entender? Pois então vejamos se eu consigo explicar onde quero chegar. A fama do Hurtmold extrapolou o círculo dos iniciado quando o grupo passou a tocar com o hermano Marcelo Camelo. Após isso, Granado encontrou tempo para gravar seu segundo trabalho com a Bodes e Elefantes, na qual toca com M. Takara, que também é seu companheiro no... Hurtmold. E no São Paulo Underground.
Entendeu? O projeto paralelo atende mais à vontade da fazer algo diferente, sem que isso signifique tocar com parceiros diferentes. De qualquer forma eu cansei de tentar explicar essa tal de cena paulistana que conta ainda com nomes como Cidadão Instigado, Rômulo Fróes, Cérebro Eletrônico e vários outros que vão demorar um tempinho a começar a aparecer nos jornais e na tv.
Assim como as opções artísticas de cada um varia conforme o projeto, os resultados são díspares. No caso do Bodes e Elefantes, como escreveu Luis Fernando Santos no site Banana Mecânica, "quanto crédito merece um disco que tentou, gritou e experimentou fazer diferente, mas que esqueceu de comunicar?".
Não chega a ser indigesto, pelo contrário, mas soa difícil o trabalho do Bodes, com músicas longuíssimas e um uso excessivo de sobreposição de sons, distorções e citações. De qualquer forma, está aí...vejamos se consigo baixar o vídeo.
Em duas semanas...Orla da Praia de Santos (SP); Terminal Barra Funda, em São Paulo (SP); Marina Silva inaugura a primeira das Casas de Marina (espécie de comitê eleitoral organizado voluntariamente por seus simpatizantes) no bairro de Campo Lindo, extremo Sul de São Paulo; o candidato presidencial José Serra faz campanha no centro de Campinas (SP); o candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckimin, e o candidato ao Senado, Orestes Quércia, ajoelhados na Igreja Matriz de Jundiaí (SP); Aeroporto Internacional de Brasília (DF); vegetação resiste à seca em Superquadra de Brasília (DF); Avenida Consolação, em São Paulo (SP) com o Minhocão ao fundo e Santos, hoje (18)
Evoé José Bonifácio, Bartolomeu de Gusmão, Benedicto Calixto, Gilberto Mendes, Plínio Marcos e aos muitos Querôs, Celso Amorim, Mário Covas, Sérgio Mamberti, Renato Teixeira, Vicente de Carvalho, Tomas Rittscher (o primeiro homem no Brasil a deslizar sobre uma onda usando uma prancha, ainda em 1934), Aloizio Mercadante, Esmeraldo Tarquínio, Nuno Leal Maia, Homero Naldinho, Almir e Picuruta Salazar e a todos os H-Prol boy´s (espécie de Dogtown caiçara).
Um salve aos irmãos José e Raphael Herrera, a Nair Lacerda, Cassiano Nunes, Oscar Magrini, Garage Fuzz e Charlie Brown Jr., Cristiano Navarro, Bete Mendes, Rubens Edwald Filho, José Roberto Torero, Rui Ribeiro Couto, ao cientista José Fernando Perez, Paulo Vilhena, Abel Neto, Luciano Faccioli, Rogério Sampaio, Fábio Goulart, Paulo Celestino e Luiz Fernando Marques (Lube), do Grupo XIX de Teatro. E principalmente aos portuários e sindicalistas que fizeram com que, por muito tempo, a hoje "sonífera ilha" fosse conhecida como a "Capital Vermelha" do país.
Em homenagem a todos os santista, uma mostra de algo de essencial que resiste à modorra e à turma do Não que tenta a todo o custo silenciar a alma festiva da população: a Roda de Samba do Ouro Verde (clique aqui para saber mais)
Há os que nascem com talento para tocar um instrumento, escrever, pintar, politizar, atuar, superar limites esportivos... E há os que pacientemente desenvolvem o talento para estar na plateia. É o meu caso, um observador privilegiado.