segunda-feira, junho 04, 2007

Segunda-feira, 4 de junho de 2007

na sexta, ainda rolavam ondas no Itararé (SV) e no Píer Que shopping que nada! Cine Arte Posto 4. Na praia


Acabo de retornar de Santos (SP)...

Após mais de três meses sem surfar, nem o frio, nem as ondas pequenas me desestimularam a ir pegar onda na sexta-feira. Óbvio que tendo planejado minha viagem depois de ver em um site a previsão de que estariam rolando boas ondas, foi um pouco frustrante me deparar com séries de menos de um metro no Píer. Por outro lado, sem a prática, a idade pesa e o corpo sente. Talvez tenha me divertido muito mais nas merrecas do que se tivesse caído em um mar de responsa. No final das contas, com o horizonte tingido por um belo por-do-sol pós-chuva, deixei o mar com um sorriso estampado no rosto e com a certeza de que ainda que não surfe mais todos os dias e que já não consiga mais fazer grandes manobras, o prazer que sinto sobre uma prancha ainda me define como surfista.

Outra coisa que continua me deixando esperançoso em relação a “ex-capital vermelha” é a sua programação cultural. Querendo surfar, matar a saudade de meus pais, visitar alguns amigos e, acima de tudo, descansar, tive de abdicar de alguns “programas”. O Cine Arte, por exemplo. Sétima arte subsidiada pela Prefeitura: entrada a R$ 3. Apesar da precariedade da sala e dos equipamentos, o Cine Arte é, por excelência, um símbolo da resistência cultural santista.

No Sesc teve Mawaca na sexta-feira e a ótima peça teatral “A Memória das Coisas”, da Fraternal Cia. de Arte e Malas-Artes, no sábado e no domingo. No Teatro Municipal tinha um espetáculo de dança. No Ouro Verde tinha a tradicional roda de samba (coincidentemente, ao chegar em SP, apanhei um táxi cujo motorista ao saber que eu sou de Santos me disse que, há alguns anos, costumava descer a Serra todo o final de semana para ir ao... Ouro Verde).

E pra não dizerem que só falei de flores, Santos está se verticalizando em um ritmo vertiginoso. A quem se destinam os prédios de luxo que brotam dos escombros dos sobrados eu ainda não sei, mas com certeza não são para os jovens santistas desempregados. E seus personagens urbanos, andarilhos que percorrem toda a cidade, continuam lá.

É isso...escrito às pressas e resistindo ao cansaço.

2 comentários:

Lidia disse...

"mar de responsa" é uma expressão bem feinha, não?

Anônimo disse...

Gostei desse blog. Sincero. Ah. Eu nao sou de santos, mas qdo vou pra sampa tenho uma sensaçao parecida, principalmente sobre os predios verticais que nao param de crescer ôO