Em outubro de 2008, o ator Pedro Cardoso criticou, publicamente, o que classifica como "a banalização da nudez". Para ele, que faz questão de destacar que não é contrário à pornografia no âmbito "privado", o limite que separa a indústria do entretenimento do da pornografia é tênue e os profissionais de comunicação devem estar conscientes disso, evitando servir de ferramenta para diretores e roteiristas que, segundo ele, levam para o palco suas frustrações sexuais.
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Em novembro, Cardoso concedeu uma entrevista ao jornalista Roberto D´Ávila. Como não poderia deixar de ser, o jornalista abordou o tema ainda fresco na mídia, que não teve dificuldades para encontrar atores, atrizes e diretores de cinema, teatro e tv indignados com o Cardoso.
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Inflamado pela "chama sagrada da idéia", como classificou Dávila, surpreendido pela profundidade da discussão proposta por Cardoso, o ator acabou enveredando por algo que poderia ser saldado como uma crítica à divisão do trabalho. Uma pena estar faltando, no youtube, a parte em que Cardoso fala sobre a origem da polêmica, ou seja, porque decidiu falar abertamente contra a nudez e o sexo gratuito, principalmente na TV aberta.
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Para Cardoso, diante da recente prevalência de diretores, o ator tem perdido a real noção de suas responsabilidades. Na parte 3, Cardoso declara que o Brasil é o país do pequeno poder. "O cara que vai para o cargo de diretor e acha que aquilo é um poder...Não diga para um ator fazer isso ou aquilo. Pergunte a ele o que ele acha que o personagem deve fazer". Para ele, "um diretor não é uma peça importante. Eu acho que é uma função como outra qualquer e que o fundamental nessa arte (teatro) é o escritor e o ator".
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ONDE CARDOSO FALA ATOR/DIRETOR, LEIA-SE A PROFISSÃO DE PREFERÊNCIA, POIS O PENSAMENTO SE APLICA A TODOS.
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