quinta-feira, novembro 30, 2006

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Acho que eu nunca escrevi a palavra xixi. Urina sim. Mas o popular xixi, nunca. Quer dizer, não que me lembre. Talvez eu até tenha escrito enquanto aprendia a escrever, só para ver como ficava ‘desenhada’ no papel. Assim, tipo criança repetindo palavrão. Ocorre que, se o fiz, não me lembro. E não apenas xixi. Tem um monte de palavras cotidianas com que convivo sonoramente que são ignoradas graficamente por mim, que ganho a vida escrevendo palavras dignas como inconstitucional, desenvolvimento, presidência, intransigentemente, etc

Estava pensando em bobeiras que nunca escrevei quando me lembrei de um outro episódio envolvendo palavras que me surpreendeu. Mas desta outra vez foi algo que ouvi. Apesar da palavra - na verdade, um nome – me ser familiar, me dei conta de nunca tê-la pronunciado alto antes. Estava sentado no meio-fio esperando pela minha mãe. Ao meu lado, alguém que não me lembro quem (devo estar com algum problema de memória!) a chamou: “Nair”. Pensei comigo, “Vejam só. Não é que o nome da minha mãe é bonito".
Me dei conta de que durante toda minha vida, eu só a chamei por mãe. E fiquei imaginando como devia ser conviver com um nome bonito durante boa parte da vida e, de repente, perdê-lo.

Um comentário:

Anônimo disse...

ALEX PARABENS PELA LINDA DECLARACAÕ DE AMOR PARA A NAIR BEILOS EMLIA