Há algum tempo eu não visitava madrinha Naninha. FI-LO no último fim de semana. Entre uma xícara de café forte e uma fatia de bolo de fubá, conversávamos amenidades quando, mais uma vez, ela me proporcionou um insight político. Ainda que não se importe com política partidária, limitando-se, na maioria das vezes, a se indignar com o último escândalo parlamentar, a madrinha tem o olhar arguto dos ingênuos.
A coisa se deu da seguinte forma. Conversávamos com a tv ligada quando o jornal do SBT (ou da TVS, como prefere a madrinha) noticiou que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, não aceitaria o papel de vice do governador paulista José Serra em uma eventual chapa tucana para concorrer à presidência da República no ano que vem. Pelo menos não sem consulta às bases do partido.
Ouvindo menção aos outros nomes cotados para a disputa, entre eles a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (que madrinha disse não conhecer), ela fez o seguinte comentário: “E o Lula, hein? Não pode mais participar”. Ao que eu respondi. “Só em 2014, se o PT quiser”.
E aí, em sua resposta, veio a revelação. Pois quando ela disse que votaria no “Cara” agora e sempre, eu me dei conta da sinuca de bico em que a oposição está. O que está em jogo não é 2010, mas sim os próximos oito ou doze anos de governo. Com a popularidade com que ao que tudo indica deixará a presidência, Lula já é o candidato mais forte para 2014, bastando apenas que seu sucessor, se for um petista ou alguém da base eleito com seu apoio, não cometa alguma barbaridade capaz de minar o legado político de Lula.
Desta perspectiva, Serra se arrisca ao tentar evitar que o PSDB consulte seus filiados para definir o melhor candidato para as próximas eleições. Se perder a presidência tendo dividido o partido, o paulista com certeza pagará o pato sozinho e não faltarão companheiros de legenda e analistas políticos a criticar sua ambição política desmedida.
Pelo jeito que a carruagem vai, se não voltar ao Palácio do Planalto em 2010, só restará a oposição torcer para que o próximo governo vá mal. Ou então tentar modificar a atual legislação eleitoral para evitar que Lula possa lançar sua candidatura em 2014.
Será isso, madrinha?
A coisa se deu da seguinte forma. Conversávamos com a tv ligada quando o jornal do SBT (ou da TVS, como prefere a madrinha) noticiou que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, não aceitaria o papel de vice do governador paulista José Serra em uma eventual chapa tucana para concorrer à presidência da República no ano que vem. Pelo menos não sem consulta às bases do partido.
Ouvindo menção aos outros nomes cotados para a disputa, entre eles a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (que madrinha disse não conhecer), ela fez o seguinte comentário: “E o Lula, hein? Não pode mais participar”. Ao que eu respondi. “Só em 2014, se o PT quiser”.
E aí, em sua resposta, veio a revelação. Pois quando ela disse que votaria no “Cara” agora e sempre, eu me dei conta da sinuca de bico em que a oposição está. O que está em jogo não é 2010, mas sim os próximos oito ou doze anos de governo. Com a popularidade com que ao que tudo indica deixará a presidência, Lula já é o candidato mais forte para 2014, bastando apenas que seu sucessor, se for um petista ou alguém da base eleito com seu apoio, não cometa alguma barbaridade capaz de minar o legado político de Lula.
Desta perspectiva, Serra se arrisca ao tentar evitar que o PSDB consulte seus filiados para definir o melhor candidato para as próximas eleições. Se perder a presidência tendo dividido o partido, o paulista com certeza pagará o pato sozinho e não faltarão companheiros de legenda e analistas políticos a criticar sua ambição política desmedida.
Pelo jeito que a carruagem vai, se não voltar ao Palácio do Planalto em 2010, só restará a oposição torcer para que o próximo governo vá mal. Ou então tentar modificar a atual legislação eleitoral para evitar que Lula possa lançar sua candidatura em 2014.
Será isso, madrinha?
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