No último final de semana, a Esplanada dos Ministérios serviu de palco para a 12ª edição do Porão do Rock, que este ano foi totalmente gratuito. Com o Congresso Nacional ao fundo, 39 bandas de diferentes estilos e status se revezaram nos dois palcos montados em meio ao Eixo Monumental, próximo à Rodoviária e à estação de metrô, dando uma destinação mais, digamos, humana a aquele gramado usualmente abandonado aos sábados e domingos.
Não pude ir aos shows de sábado, perdendo boas atrações como Super Stereo Surf (DF), Cachorro Grande (RS) e Ludov (RJ), mas, no domingo, estive presente às apresentações de Paralamas do Sucesso, Maskavo Roots, Little Quail & Mad Birds e, surpresa, a homenagem a Renato Russo e à Legião Urbana, que reuniu o baixista Dado Villa-Lobos e o baterista Marcelo Bonfá.
No momento que mais empolgou à multidão presente aos shows de domingo, os dois integrantes da Legião Urbana tocaram sucessos da banda de maior sucesso do chamado "rock brasiliense", acompanhados por músicos que se revezaram nos vocais, como André Gonzales (Móveis Coloniais de Acaju), Philippe Seabra (Plebe Rude) e outros, incluindo aí Loro Jones (ex-Capital Inicial). Perceptível, portanto, que o domingo, na verdade, teve o caráter de homenagear o rock brasiliense.
Paralamas reavivou seus maiores sucessos, demonstrando ser uma das maiores hit makers do pop-rock nacional. Durante quase toda a apresentação da banda, o público pôde cantar junto as músicas que, desde Alagados e Vital e Sua Moto, há duas décadas têm contagiado diferentes gerações. Por conta de alterações na programação, perdi Plebe Rude, mas um amigo disse ter sido um ótimo show, avaliação de que não duvido. M. Roots também sacou canções de relativo sucesso de seus dois primeiros discos para fazer um show correto, que não chegou a empolgar.
E no que pese a emoção de ver Dado e Bonfá tocando juntos com os Paralamas e expoentes da música brasiliense (quem diria que eu um dia os ouviria tocar Que País É Este bem diante do Congresso?), o melhor show da noite, para mim, foi mesmo o do Little Quail, de Gabriel Thomaz, hoje à frente do Autoramas (outra banda cujos shows são sempre ótimos!). Já tarde da noite, muita gente que aguardava pelos shows do Raimundos (sem Rodolfo, claro!) e da prata-da-casa Móveis Coloniais de Acaju (que, graças ao enorme fã-clube entre o público brasiliense, teve a honra de encerrar o festival) se pôs a dançar com o ânimo de Thomaz e cia.
A Esplanada vista da plataforma superior da Rodoviária
Com o Congresso ao fundo
Paralamas do Sucesso
Pista de skate montada próxima ao palco principal
Marcelo Bonfá, baterista da Legião Urbana
André Gonzales, do Móveis, toca na homenagem à LegiãoM. Roots
Gabriel Thomaz e o baterista Bacalhau, do Litte Quail
2 comentários:
"Dado Villa-Lobos, baterista da Legião Urbana"?
como se vê, eu nunca fui grande fã da Legião
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