segunda-feira, abril 15, 2013
Feliciano à parte
_ Não tenho me informado sobre isso.
Assim, laconicamente, o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, respondeu quando questionado a respeito da insistência do deputado Marco Feliciano em permanecer à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Mesmo considerando inoportuno que o pastor, alvo de protestos de setores que o acusam de ser racista e homofóbico, presida a comissão, paralisada pela polêmica.
Pois é. É assim. É nas respostas triviais, nos momentos em que os políticos baixam a guarda, que podemos nos certificar como funciona de verdade o mecanismo político: nada que não sejam composições partidárias ou que tenha que ver com as próximas eleições interessa.
Daí porque a classe política anda tão desprestigiada e brincadeiras como o "não me representa" acabam ganhando ares de protesto.
E vejam bem: isso não é uma crítica dirigida à oposição a nível federal. Se bem que compete a ela, mais que à situação, tentar ouvir e reagir adequadamente aos anseios da população. Vai daí que ou o presidente tucano não dizia não considerar inoportuna a permanência de Feliciano na presidência da comissão - e, assim, ficava bem com a parcela do eleitorado que apóia o pastor -, ou se posicionava adequadamente.
O momento de relax, em que se permitiu responder sem fazer o cálculo político de sua declaração, é, portanto, revelador.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário