quarta-feira, janeiro 10, 2007

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

ANO NOVO, VELHAS QUESTÕES
Eu ontem não tinha nada a declarar sobre o recesso de final de ano. Voltei atrás. Tem algumas observações que quero registrar.

Prosseguindo com a apuração do Data-bus, mais uma vez Santos sai na frente. Até mesmo da capital do país, Brasília, cujo Plano Piloto é tido como a região de maior renda per capta brasileira. Pois enquanto o ônibus mais barato em Brasília continua custando R$ 2, em Santos, no último dia do ano, subiu para R$ 2,20. Comparando o poder aquisitivo médio dos santistas com os brasilienses, dá para sacar que tem algo de errado no litoral. Da última vez que o governo do Distrito Federal autorizou os empresários a aumentarem as passagens na surdina, no último dia do ano de 2005, estudantes promoveram mobilizações durante dois meses. Um amigo me garante que em Uberaba está R$ 1,70.

A boa nova foi saber que Santos conta com um novo cinema. É bom variar. Após a demolição do Iporanga e do fechamento do Indaiá, a abertura do Espaço Unibanco do shopping Miramar é motivo de alegria. Tomara que a programação faça jus ao similar paulistano. E que a prometida e aguardada reforma do Cine Arte se concretize. Aquele espaço, uma conquista dos santistas, merece melhor tratamento.

A julgar pelos cartazes que emporcalham as ruas da cidade com sua propaganda ostensiva, os palcos santistas continuam dominados. Pelo funk e, inexplicavelmente, pelo pagode. Não samba. Pagode mesmo. Posso estar errado, mas Santos parece ser o último reduto do pagode mela-cueca.

Aliás, no quesito shows, talvez os munícipes devessem acionar o Ministério Público e citar os prefeitos por improbidade administrativa. Gastar recursos públicos para contratar determinados artistas, faça-me o favor. Em São Vicente, por exemplo, este fim de semana tem Guilherme & Santiago e Edu Ribeiro. Se joga lá.

Enquanto isso, a roda de samba do Ouro Verde continua animada. E as praias de Santos, impróprias. Mas em Maresias (São Sebastião – SP) também tinha esgoto correndo a céu aberto.

Aliás, um atendente do restaurante me garantiu que o público de Maresias está mudando. Pit-boys e patricinhas continuam freqüentando a mais badalada das praias do litoral norte de São Paulo. Mesmo assim, achei que este ano o movimento estava bem mais tranqüilo do que em anos anteriores. Melhor para quem vai com intenção de curtir um dos trechos mais bonitos do litoral brasileiro. Opinião de diversos turistas viajados que conheci trabalhando em hotéis.

O que vai ser da classe média santista daqui a alguns poucos anos? Digo, para onde irão aqueles que hoje moram próximos à praia quando os espigões que vêm sendo erguidos estiverem prontos. Li na Tribuna que os compradores são santistas. Só se forem os aposentados dos tempos áureos de Cosipa e Codesp. Ou os que retornam à cidade após se aposentarem.

Por falar em A Tribuna, por que será que o jornal é o único do país a chamar do presidente de Luis Ignácio? De onde vem este g do sobrenome? Me explicaram que esta era a grafia correta até o então sindicalista mudar seu nome e acrescentar o Lula ao sobrenome. Não sei se a versão confere, mas, de qualquer forma, o jornal já poderia ter adotado a nova grafia.


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