sexta-feira, outubro 16, 2009

E o Herzog vai para...Agência Brasil

Ainda há quem julgue impossível uma empresa pública, ligada ao governo federal, fazer um jornalismo independente, que contribua para a universalização do acesso à informação (um direito fundamental ao exercício da cidadania) sem fazer proselitismo político. Felizmente, não é o que pensam as centenas de editores de jornais, rádios e tvs Brasil afora que reproduzem gratuitamente as notícias apuradas e divulgadas pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Nem o jurí do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, um dos mais importantes do país.

Pela segunda vez, a Agência Brasil, da EBC, se sagrou vencedora de uma das categorias do concorrido prêmio criado em 1979 com o objetivo de reconhecer e premiar jornalistas que, com seu trabalho, colaborem com a promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos e Sociais.

E não foi só a Agência Brasil que, segundo os jurados do prêmio, demonstrou a eficiência da comunicação pública. A TV Brasil, aquela que os críticos tentaram apelidar jocosamente de "tv do Lula", mereceu uma menção honrosa. Nos dois casos, o assunto em questão era a Educação (ou a falta de).

Abaixo, a discreta comemoração da própria Agência Brasil, com os links para as reportagens premiadas nos dois últimos anos.



A Agência Brasil foi a vencedora do 31° Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos na categoria Analfabetismo Cultural, com a reportagem especial multimídia Analfabetismo: a exclusão das letras, veiculada em maio de 2009. A TV Brasil recebeu menção honrosa na mesma categoria com série de três reportagens sobre educação.


A reportagem especial Analfabetismo: a exclusão das letras foi produzida pela repórter Amanda Cieglinski, com colaboração de jornalistas das sucursais da Agência Brasil em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Curitiba e Manaus, da equipe de fotografia e da equipe multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).


A reportagem traz um retrato do analfabetismo no Brasil. Com a contribuição de especialistas e depoimentos de quem enfrenta as dificuldades da falta de letramento no dia a dia, o especial aponta as principais causas do problema e possíveis caminhos para que o país supere esse desafio.


Já a série de reportagens televisivas, produzida pelo repórter Fábio Féter em escolas de ensino fundamental e médio da rede pública da grande São Paulo, apresenta desafios da educação, com questionamentos sobre como educar e para que educar, além de abordar o problema do analfabetismo funcional. A série foi veiculada entre julho e agosto de 2009.


Em 2008, a Agência Brasil também foi vencedora do prêmio Vladimir Herzog, na categoria internet, pelo webdocumentário Nação Palmares. A cerimônia de entrega do 31° Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos será realizada no dia 26 de outubro, em São Paulo.

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