Domingão modorrento, eu faxinando a casa após uma dura semana de trabalho e me vem um prego brasiliense tirar onda de aventureiro. Cerca de um mês após retornar a Brasília depauperado, sem grana para ir sequer a Cidade de Goiás (GO) acompanhar, neste próximo final de semana, o Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica) e o show do Manu Chao, meu amigo Carlos Leite encontrou um jeito peculiar de viajar. SE LIGA, CARLOS!
De: Carlos Leite leiteempedra@ig.com.br
Assunto: Surf Music
Assunto: Surf Music
Para : semifosco semifosco@blogspot.com
12 de junho de 2011 11:25
12 de junho de 2011 11:25
Velho! Vc nem vai acreditar. Na quinta-feira [9] eu acordei em Brasília, tomei café da manhã em Manaus, almocei em Boa Vista e voltei pra casa, em Brasília, a tempo de jantar. Sério. Viagem doida, mas mais doido é como eu me meti nesta.
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Na quarta-feira eu tava de bobeira no Conic quando me aparece um boiadeiro com que fui falar nem sei o quê. E o boiadeiro tinha uma passagem e um servicinho fácil que renderia um dinheiro para quem fizesse um bate-volta até a capital roraimense no dia seguinte.
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O serviço, segundo o sujeito, era fácil: bastava levar uma mala para um parente dele que estaria aguardando no aeroporto de Boa Vista. Não entendi direito o que tinha na mala, mas o boiadeiro comentou que tinha prometido entregá-la antes do final da semana pois alguém precisava muito do que estava guardado nela.
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Você me conhece, não? Nem preciso dizer que topei a parada. Nem tanto pelo dinheiro, mas principalmente pela viagem em si. Sobrevoar a Amazônia é algo espetacular e que compensa o cansaço. Saí de Brasília as 5h30. Cheguei em Manaus por volta das 9 horas e tivemos que esperar até que a chuva em Boa Vista parasse para podermos seguir viagem até nosso destino.
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O boiadeiro só se esqueceu de me avisar que Roraima enfrenta o pior inverno dos últimos 35 anos e que a maior parte do estado, inclusive a capital, está sob água. Por isso, não daria para fazer nem conhecer nada nas poucas horas que eu tinha na cidade. Ainda pensei em trocar a data de volta, mas os voos na Região Norte são caríssimos e eu desisti da ideia.
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Não deu para conhecer nada além do aeroporto e das ruas próximas, mas só de sobrevoar aquele tapete verde que é a floresta amazônica e ver do alto a grandiosidade dos rios Negro e Amazonas (além de ganhar uma graninha) já valeu a pena.
Abraço, semifosco.
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