capa da biografia escrita pela jornalista e amiga de Elis, Regina Echeverria
Trinta Anos Esta Noite.
E a pergunta que não quer calar: como teria evoluído a música popular brasileira caso a Pimentinha tivesse vivido mais alguns anos?
Primeiro porque Elis Regina não só É uma das maiores cantoras mundiais e a melhor intérprete brasileira de todos os tempos, como também porque todos reconhecem sua capacidade de identificar novos talentos e alçá-los à fama, gravando suas composições ou convidando-os para gravar com ela.
Até hoje, regravar uma música eternizada por Elis é um desafio para qualquer artista. Poucos são os casos em que sua interpretação não é considerada a versão definitiva. E muito artista bamba foi apadrinhado pela gaúcha no início da carreira. Milton Nasciomento, Ivan Lins, Renato Teixeira são alguns dos que me recordo agora. Fora o "síndico" Tim Maia, agraciado com a oportunidade de fazer com Elis um dos mais belos duetos de nossa história em These Are The Songs. (sobre o paradigma que a eficaz interpretação de Elis representa para outros intérpretes, compare a gravação da mesma música por Marisa Monte e Ed Motta)
Mas... se o dueto com Tim Maia é UM dos mais belos é porque o título de dueto mais memorável da MPB cabe, inquestionavelmente, à gravação de Águas de Março, de Tom Jobim, um de nossos hinos nacionais alternativos. Momento mágico que, de alguma forma, revela algo do que o país tem de melhor. E como amanhã (20) estreia o documentário A Música Segundo Tom Jobim, de Nelson Pereira dos Santos, nada mais oportuno que resgatar este clássico.
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