terça-feira, janeiro 17, 2012

novas salas de cinema e mostras animam público brasiliense


O ano começou bem para os brasilienses que gostam de cinema. Ainda que boa parte das melhores opções sejam reprises, não dá para reclamar da oferta de bons filmes disponíveis neste janeiro chuvoso de cidade vazia.    

Pra começar, aconteceu, no CCBB, a mostra “Clint Eastwood – clássico e implacável”, uma retrospectiva com 43 (!) filmes do ator e diretor norte-americano. Na sequência veio a mostra "De Bergman ao Moderno - Cinema Sueco", que reuniu no enorme Cine Brasília desde clássicos de Ingmar Bergman como Sétimo Selo e Gritos e Sussurros até algumas produções suecas recentes, caso de Os Homens Que Não Amavam As Mulheres, primeira parte da popular trilogia Millenium e cuja (desnecessária?) refilmagem norte-americana está prestes a chegar às telas. Além do bom público das sessões gratuitas, chamou a atenção a presença jovem. No final de semana, as sessões das 21h. pareciam o esquenta pra balada.

Na sexta passada, o até então renegado cinema do Shopping Liberty Mall reabriu após uma reforma de mais de dois meses, repaginado, rebatizado (agora se chama Cine Cultura Liberty) e prometendo qualificar a programação e manter o ingresso entre os mais baratos de Brasília (R$ 16 a inteira). No primeiro final de semana, foram exibidas uma produção francesa (Adeus, Primeiro Amor), uma alemã (Triângulo Amoroso) e o bastante comentado norte-americano O Espião que Sabia Demais. Pra turma da pipoca, Sherlock Holmes 2. Outra novidade é o Espaço Itaú de cinema, onde, pra minha surpresa (em Brasília eu ainda não tinha visto isso), há cerveja a venda na bomboniere e se pode entrar com ela na sala - fora a qualidade da programação: se ainda estiver em cartaz quando você por acaso ler isso, assista a O Conto Chinês (veja post)

E, hoje (17), teve início a mostra Lars von Trier. Praticamente toda a obra do cineasta dinamarquês será exibida até o dia 5 de fevereiro, parte no Cine Brasília, parte no CCBB, sempre na faixaonsiderado um dos diretores mais polêmicos e inovadores das últimas décadas, Trier é o diretor de, entre outros, Dogville, Manderlay e de Melancolia (este último foi exibido por duas vezes no Cine Brasília e teve gente que não conseguiu lugar, apesar da sala ser enorme). Alguns títulos da mostra são inéditos no Brasil.

Na mesma hora em que a projeção começava no Cine Brasília, outra mostra começava perto dali. Pra ser exato, no Espaço Cultural Instituto Cervantes, na 707 Sul, onde, até esta quinta-feira, o público pode rever, de graça, três dos principais títulos do diretor mexicano Alejandro Iñarritu (pela ordem da programação, Babel, 21 gramas e o violentíssimo e cultuado Amores Perros). 

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