O cineasta José Joffily (Dois Perdidos Numa Noite Suja) acertou a mão em seu mais recente filme, Olhos Azuis. A mistura bem dosada de drama, suspense policial e denúncia social, mais um elenco afinado, tem garantido elogios de crítica e público, além de prêmios, como os cinco conquistados no Festival de Paulínia do ano passado, incluindo o de melhor filme.
Segundo o diretor, a motivação para se debruçar sobre os constrangimentos porque passam alguns dos muitos estrangeiros que, legal ou ilegalmente, chegam aos Estados Unidos a trabalho, passeio ou por qualquer outro motivo, surgiu com o relato de um amigo submetido a um interrogatório de mais de 30 horas, ao fim das quais foi impedido de entrar em solo norteamericano e obrigado a retornar ao Brasil.
A trama acompanha o último dia de trabalho do responsável pelo Departamento de Imigração do Aeroporto JFK, em Nova Iorque - David Rasche (“Queime depois de ler”) - cujo alcoolismo reforça sua paranoia antiterrorista e xenofobia. Pós-11 de Setembro, o burocrata e seus dois subalternos – uma negra e um chicano-americano – decidem se divertir às custas de um grupo de estrangeiros escolhidos aleatoriamente para prestar informações sobre suas reais motivações.
Além de uma cubana que diz ser bailarina convidada para dançar em uma companhia local, de um grupo de supostos lutadores hondurenhos também convidados para participar de um torneio e de dois poetas argentinos em busca do reconhecimento, há um professor universitário brasileiro, o excelente ator Irandhir Santos (Tropa de Elite 2 e Quincas Berro D´Água), que há cinco anos vive legalmente nos Estados Unidos e que tem consigo toda a documentação necessária para retornar ao país após ter visitado sua filha, que continuava vivendo em Recife.
A meu ver, embora entregue o final previsível desde a primeira cena, Joffily acerta ao tentar – com sucesso – prender a atenção do espectador pelo absurdo da situação, deixando claro que a situação em algum momento fugirá ao controle, com consequências imprevisíveis para todos. E, a partir daí, contar uma segunda história, que é da tentativa do agente Marshall, o Olhos Azuis, de se redimir, o que o faz viajar aos grotões nordestinos na companhia de uma prostituta, vivida pela ótima, mas ainda pouco conhecida, Cristina Lago, que, em breve, estará nos cinemas na pele de outra prostituta, no filme Bruna Surfistinha.
O filme não é novo – foi lançado comercialmente no primeiro semestre deste ano e, acredito, já está disponível em DVD -, mas eu só o assisti neste último final de semana, no Cine Arte de Santos (R$ 3 a inteira).
Segundo o diretor, a motivação para se debruçar sobre os constrangimentos porque passam alguns dos muitos estrangeiros que, legal ou ilegalmente, chegam aos Estados Unidos a trabalho, passeio ou por qualquer outro motivo, surgiu com o relato de um amigo submetido a um interrogatório de mais de 30 horas, ao fim das quais foi impedido de entrar em solo norteamericano e obrigado a retornar ao Brasil.
A trama acompanha o último dia de trabalho do responsável pelo Departamento de Imigração do Aeroporto JFK, em Nova Iorque - David Rasche (“Queime depois de ler”) - cujo alcoolismo reforça sua paranoia antiterrorista e xenofobia. Pós-11 de Setembro, o burocrata e seus dois subalternos – uma negra e um chicano-americano – decidem se divertir às custas de um grupo de estrangeiros escolhidos aleatoriamente para prestar informações sobre suas reais motivações.
Além de uma cubana que diz ser bailarina convidada para dançar em uma companhia local, de um grupo de supostos lutadores hondurenhos também convidados para participar de um torneio e de dois poetas argentinos em busca do reconhecimento, há um professor universitário brasileiro, o excelente ator Irandhir Santos (Tropa de Elite 2 e Quincas Berro D´Água), que há cinco anos vive legalmente nos Estados Unidos e que tem consigo toda a documentação necessária para retornar ao país após ter visitado sua filha, que continuava vivendo em Recife.
A meu ver, embora entregue o final previsível desde a primeira cena, Joffily acerta ao tentar – com sucesso – prender a atenção do espectador pelo absurdo da situação, deixando claro que a situação em algum momento fugirá ao controle, com consequências imprevisíveis para todos. E, a partir daí, contar uma segunda história, que é da tentativa do agente Marshall, o Olhos Azuis, de se redimir, o que o faz viajar aos grotões nordestinos na companhia de uma prostituta, vivida pela ótima, mas ainda pouco conhecida, Cristina Lago, que, em breve, estará nos cinemas na pele de outra prostituta, no filme Bruna Surfistinha.
O filme não é novo – foi lançado comercialmente no primeiro semestre deste ano e, acredito, já está disponível em DVD -, mas eu só o assisti neste último final de semana, no Cine Arte de Santos (R$ 3 a inteira).
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