Todos que me conhecem sabem do meu entusiasmo pelo cinema argentino. Nove Rainhas, Plata Quemada, o Cachorro, O Filho da Noiva, Clube da Lua, Elsa e Fred, O Pântano, Menina Santa, Abraço Partido, Las Viudas de Los Jueves, O Segredo dos Seus Olhos e tantos outros. Há anos eu não assistia a um único filme argentino ruim. Até este último domingo.
Nem mesmo o "muso" Ricardo Darín consegue salvar Abutres (Carancho), o 12º filme do diretor Pablo Trapero, responsável pelo bem-comentado A Família Rodante, que eu nunca consegui ver. E olha que o ator se esforça para dar credibilidade ao advogado caído em desgraça que, para sobreviver, tem de trabalhar para um pequeno escritório que se dedica exclusivamente a representar, contra empresas seguradoras, inúmeras famílias que, além de pobres e pouco instruídas, estão sob o impacto da morte ou grave acidente de trânsito envolvendo um parente.
Não apenas Darin se esforça bastante, como o entrosamento dele com Martina Gúsman é ótimo e consegue despertar alguma empatia do público. Infelizmente, qualquer envolvimento logo se esvai diante do roteiro arrastado, que parte de uma boa premissa - denunciar a existência de grupos que lucram em cima dos milhares de acidentes de trânsito que ocorrem todos os anos, sobretudo na capital portenha. Quer estes acidentes aconteçam, quer não -, mas não chega a lugar algum.
Ainda que algumas notícias publicadas no Brasil deem conta de que a história atingiu a um enorme sucesso em seu país, motivando inclusive o congresso argentino a discutir mudanças na legislação de seguros a serem pagos para vítimas de acidentes automotivos, o roteiro deixa muito a desejar. Não bastasse o roteiro fraco, ou por isso mesmo, o filme acaba deixando a sensação de que se alonga demais e se perde em detalhes e digressões desnecessárias para a boa compreensão da história, ao mesmo tempo que não explica alguns fatos que despertam a curiosidade do espectador.
Nem mesmo o "muso" Ricardo Darín consegue salvar Abutres (Carancho), o 12º filme do diretor Pablo Trapero, responsável pelo bem-comentado A Família Rodante, que eu nunca consegui ver. E olha que o ator se esforça para dar credibilidade ao advogado caído em desgraça que, para sobreviver, tem de trabalhar para um pequeno escritório que se dedica exclusivamente a representar, contra empresas seguradoras, inúmeras famílias que, além de pobres e pouco instruídas, estão sob o impacto da morte ou grave acidente de trânsito envolvendo um parente.
Não apenas Darin se esforça bastante, como o entrosamento dele com Martina Gúsman é ótimo e consegue despertar alguma empatia do público. Infelizmente, qualquer envolvimento logo se esvai diante do roteiro arrastado, que parte de uma boa premissa - denunciar a existência de grupos que lucram em cima dos milhares de acidentes de trânsito que ocorrem todos os anos, sobretudo na capital portenha. Quer estes acidentes aconteçam, quer não -, mas não chega a lugar algum.
Ainda que algumas notícias publicadas no Brasil deem conta de que a história atingiu a um enorme sucesso em seu país, motivando inclusive o congresso argentino a discutir mudanças na legislação de seguros a serem pagos para vítimas de acidentes automotivos, o roteiro deixa muito a desejar. Não bastasse o roteiro fraco, ou por isso mesmo, o filme acaba deixando a sensação de que se alonga demais e se perde em detalhes e digressões desnecessárias para a boa compreensão da história, ao mesmo tempo que não explica alguns fatos que despertam a curiosidade do espectador.
Há, lógico, bons momentos ao longo da trama, mas nada que chegue a justificar os últimos minutos, patéticos, e a impressão de que Trapero não sabia exatamente o que queria contar. Pena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário