sábado, outubro 15, 2011

Música Paraense - Muito Alem do Calypso (2)

Ainda descobrindo pérolas musicais do Pará, estado onde os artistas, conforme assinalou o crítico Pedro Alexandre Sanches, compõem um caldeirão heterogêneo cujo único ponto cem por cento em comum é a bandeira paraense. 

leia também: Música Paraense - Muito Alem do Calypso


Um produtor musical e dj com mais de dez anos de estrada. Uma jovem cantora com uma voz impressionantemente madura. Pro.efX e Nanna Reis uniram seus talentos e deram asas ao Projeto Charmoso
, com o qual vão misturando ritmos paraenses (como, óbvio, a guitarrada) e outros à música eletrônica. O resultado é um trabalho dançante e envolvente que não esconde a bela voz de Nanna.


Cantor, compositor e jornalista paraense, Arthur Nogueira já lançou dois cds, Arthur Nogueira [2007] e Mundano [2009]. O segundo, premiado no tradicional Projeto Pixinguinha, da Fundação Nacional de Artes [Funarte], pode ser baixado gratuitamente no site do artista.


O melhor é deixar que Coletivo Rádio Cipó fale por si próprio ..."pensar que tudo teve início meio que na brincadeira, em 2001. Quando o produtor e músico Carlinhos Vas, mais o engenheiro agrônomo Erik Martinez começaram a brincar com barulhinhos estranhos tirados de um microcomputador. Quem também tava na bagunça eram o radialista e compositor Rato Boy, figurinha das antigas, além do percussionista Luis Bolla. Nesse "conjunto de idéias coletivas", foi um passo pra que a comunidade da Álvaro Adolfo, da Pedreira, entrasse na onda e participasse das ações do grupo. Não parou de chegar moleque desocupado querendo participar das oficinas de percussão e ritmos eletrônicos.  Ensaios abertos eram realizados, inserindo um canal de intercomunicação sócio-cultural e proporcionando ações de entretenimento e lazer na comunidade. E não parou por aí – na real, tava era longe de parar"



Já escrevi aqui que, salvo algumas exceções, não curto o reggae brasileiro. Pura implicância com as letras e com o fato de achar que, em geral, musicalmente, as bandas nacionais não conseguem agregar nada de novo ao ritmo jamaicano. Juca Culatra, para mim, se encaixa nesta situação. Só que suas letras são tão nonsense que se tornam engraçadas (ouça Dino Sapiens). Além disso, a chance de quem gosta do ritmo e discordar da minha tese quanto à qualidade do reggae brasileiro curtir seu som é muito grande. Até porque, ele não deixa nada a desejar em comparção com a maioria das bandas brasileiras do gênero. Ou seja, minha avaliação é totalmente pessoal (como tudo mais neste blog) e sei relativizá-la. No calor de Belém, com uma Cerpinha em mãos, deve ser bom para dançar.



Projeto Secreto Macacos. Este som eu achei duca. Conheci um dos integrantes da banda numa das lojas da Na Music. Inicialmente eu não entendi nada sobre o que ele tentava me explicar ser a proposta do grupo - fazer um som diferente de tudo que já tinham feito, conforme a banda admite em sua página da banda no myspace. Depois, já em Brasília, ouvindo o som dos caras, entendi a dificuldade de definir o que eles fazem. Dava tudo para ver um show deles com o Macaco Bong


Como escrevi no início, a vocalista do Projeto Charmoso, Nanna Reis, tem uma já longa carreira solo, já tendo vencido vários festivais regionais de música. Apesar disso, a julgar pelas músicas disponíveis em sua página no myspace, a jovem ainda está em busca de sua personalidade artística, de forma que talvez seja cedo para apostar em que raia ela vai disputar um lugar na música popular brasileira. Talento (e, por que não dizer, beleza) para chegar lá ela tem.


Acho que, a esta altura, os experimentos musicais de Pio Lobato já são bastante conhecidos do público que acompanha a música independente nacional. Músico licenciado pela Universidade Federal do Pará, o artista obteve destaque ao misturar os elementos regionais, sobretudo paraenses, à música eletrônica. Duas de suas músicas compõem a trilha do filme Deus é Brasileiro, de Cacá Diegues.



Para voltar a algo mais calmo, vá de Lu Guedes

Floresta Sonora me empolgou deveras....rs,rs,rs,rs Uma faixa como esta do vídeo abaixo, Futurando, dá vontade de se jogar na pista (de dança ou de skate. É das bandas que eu mais tenho ouvido no meu micro enquanto trabalho, dando asas à imaginação ao sabor do som viajeiro do trio que diz fazer "musica para reconstrução de sensações e imagens de dentro para fora do corpo". Portanto, colegas de serviço, se me virem com o fone na orelha, batendo os pés e sacudindo a cabeça, é Floresta Sonora.

Merengue, cúmbia (a música típica colombiana), dub, forró. É a "Lambada do Povão" no som do Metaleiras da Amazônia, um projeto de resgate e preservação das tradições culturais paraenses

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