Há um ano não via o Macaco Bong tocar. Daí minha surpresa ao fim do show que a banda deu nesse domingo (15), em Brasília. O som do power trio (e bota power nisso!) parece ter ficado ainda mais rápido e pesado durante este meio tempo. Além de complexo. Por mais que a atitude soe rock´n´roll, seria difícil e injusto compartimentar a banda instrumental de Cuiabá (MT) em um único gênero. A ouvidos atentos (e olha que este não é o meu caso) é fácil identificar algo de jazz em em meio a toda técnica e improviso. Assim como dá para notar os ótimos músicos, cada qual a seu jeito, distorcendo harmonias tradicionais. O som dos caras é tão porrada que sai cansado só de ouvir e vê-los tocar. O que eu ainda não consegui assimilar é o comportamento do público brasiliense. Tudo bem que as poltronas da Funarte e estupefação geral diante da massa sonora vinda do palco desestimulavam a maior parte do público a coreografar espasmos corporais, mas se levantar e sair sem pedir bis....isso já é ser blasé demais. Da vez anterior que vi a banda ao vivo, em São Paulo, as músicas finais deram espaço a uma verdadeira catarse, com a platéia pedindo bis e mais bis.
Outra boa surpresa foi conhecer a banda acreana Caldo de Piaba, que abriu para o Macaco Bong a última noite do projeto Novas Fronteiras. Seja nas composições próprias, seja na releitura instrumental de clássicos do cancioneiro popular (sobretudo da Região Norte), o grupo tempera seu rock ligeir com toques de lambada, guitarrada e até ska. O cd dos caras pode ser baixado gratuitamente no site Na Agulha.
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