terça-feira, julho 24, 2012

Assistindo tv...



... percebi que o laranja é o novo vermelho. Ou então eu nunca havia notado isso. Vivo, Itaú, Fanta (Laranja, óbvio)... eis algumas das empresas abusando da cor laranja pra chamar a atenção dos desocupados como eu. 

... ví que a Sabrina Sato foi escolhida pra estrelar uma campanha de produto de limpeza ao lado de ninguém mais, ninguém menos, que Fernanda Torres, atriz inteligente que, no imaginário coletivo, é justamente a antípoda da japonesa do Pânico. Isso ajuda a "reposicioná-la" no mercado das figuras públicas. Bobo de quem ainda pensa que a ex-big brother que colocou o senador Eduardo Suplicy de cueca e tratava o ex-senador Demóstenes Torres por cabeção, com tapas na cabeça (enquanto a Veja ainda via o goiano como um baluarte ético da República) tem algo de burra.

... imaginei se não há algo de errado com uma sociedade que, insensível ao infortúnio de crianças de rua, índios, idosos, sem-tetos, sem-terras, encortiçados, desempregados entre outros desafortunados, se comove ao ser bombardeada por notícias sobre bichinhos de estimação. 

... descobri que após muito tempo, enfim a Globo botou no ar uma novela minimamente interessante, com personagens mais nuançados que o habitual. Madrinha Naninha mesmo dia destes me disse que já não estava entendendo nada. Também, numa trama onde a exceção são as personagens normais e confiáveis, e não as loucas, infiéis ou que tem algo a esconder...

... pensei que para um ex-correspondente internacional que presenciou e noticiou em primeira mão a queda do Muro de Berlim e depois se prestou a apresentar o infame Big Brother global por mais de um década, nada poderia ser pior, nem mesmo se tornar um Serginho Groisman genérico.

... confirmei que Todo Mundo Odeia O Cris é, de longe, o melhor programa da tv aberta. E que já caducou o prazo de validade daquilo que há apenas três anos era tratado como "o novo humor televisivo". De resto, só se salva, Tapas & Beijos e A Grande Família. 

... e, por fim, concluí que assistir a mais de duas horas de tv por dia pode ser prejudicial à saúde.

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