No texto anterior eu admiti não entender nada sobre dança. Não sei sequer dançar e talvez por isso mesmo, pela falta de molejo, o rock sempre tenha sido meu ritmo preferido. Embora sinta que a compreensão real da linguagem me escapa, curto apresentações de dança. O interesse inicial, confesso, era pelas bailarinas, mas aí fui pegando gosto pela coisa e, hoje, mesmo sem entender do riscado, posso ao menos dizer que já assisti a um bom número de ótimos espetáculos. Eis abaixo a listinha dos que mais me marcaram, pela ordem de preferência.
Dança das Marés (2002) - Ivaldo Bertazzo e Corpo de Dança da Maré (Rio de Janeiro)
Um dos três trabalhos que Bertazzo coreografou com jovens m

Breu - Grupo Corpo (Belo Horizonte)

Céu na Boca, Quasar Cia. de Dança (Goiânia)

Segundo o coreógrado do grupo goiano, Henrique Rodovalho, o vigésimo segundo trabalho da companhia surgiu da curiosidade pelas leis da física e teorias do universo. Explosões estelares e movimentos gravitacionais (?) serviram como alegorias para a criação de Céu na Boca, espetáculo que mistura música eletrônica à de Ray Conniff.
Mais uma coreografia de RODRIGO PEDERNEIRAS para música de Caetano Veloso e José Miguel Wisnik, a expressão Onqotô é uma brincadeira com o modo mineiro de dizer "onde que eu estou". De acordo com seus idealizadores, a dança quer demonstrar, de forma bem-humorada, "a perplexidade e a inexorável pequenez do Homem diante da vastidão do universo". Sei...
Aquilo De Que Somos Feitos (2000) - Lia Rodrigues e Cia. de Danças (Rio de Janeiro)
Do pouco que inferi, Lia Rodrigues é uma provocadora, uma iconoclasta. Já assisti a três diferentes espetáculos coreografados por ela, mas este foi o que mais me marcou. (não sei o quanto pesou o fato de tê-lo assistido ainda durante a primeira fase de encantamento exclusivo pelas bailarinas que, aqui, dançam nuas boa parte do tempo). Com música de Zeca Assumpção, tem uma forte carga de questionamento político, social e ético, além da opção por provocar o espectador.
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