Anterior, mais claustrofóbico, inteligente e, para muitos, melhor que 127 Horas. Para mim, o subtexto político, ou seja, a crítica à presença norte-americana no Iraque, além da ótima atuação de Reynolds, fizeram deste filme que passou em branco pelos cinemas brasileiros uma grande surpresa. Acompanhar os 90 minutos de agonia do motorista preso a um caixão apenas com um canivete, um isqueiro e um celular não é para qualquer um, o que ajuda a entender a quantidade de críticas à obra de estreia do espanhol Cortés.
O Solteirão (2010) - dir. Brian Koppelman - Com: Michael Douglas, Susan Sarandon, Danny DeVito, Mary-Louise Parker e o indicado ao Oscar por A Rede Social, Jesse Eisenberg
Não é uma comédia. Também não é `Wall Street - o filme´, embora o bem-sucedido Ben Kalmen lembre o inescrupuloso operador Gordon Gekko interpretado, em 1987, pelo mesmo Douglas. É um filme...estranho, ao estilo de O Homem Sério, dos irmãos Cohen, para citar um exemplo. Ou seja, um filme em que o diretor parece não querer que você se identifique com a mesquinha personagem central, digna de pena por sua enorme capacidade de trocar os pés pelas mãos, ao mesmo tempo em que consegue não te fazer odiar alguém tão humanamente equivocado. Para mim, um ótimo filme sobre a lentra decadência de um homem que, a caminho do fim, decide lutar contra a passagem do tempo vivendo novas experiências, ainda que isso lhe custe tudo que tem de mais valiosos, como a própria família.
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