Que a Bahia é musicalmente pródiga ninguém questiona. Da terra de todos os santos vieram Dorival Caymmi, João Gilberto, os tropicalistas, os Novos Bahianos, Raul Seixas e muito, muito mais. Nos últimos anos, contudo, a Bahia se tornou, mesmo que involuntariamente, um dos melhores laboratórios de mashup cultural do mundo.
Mashup é a técnica de misturar duas músicas com melodias semelhantes, dando origem a uma nova canção, carregada de novos significados. Na Bahia, no entanto, tudo vira mashup. Da religião à culinária. E nem é preciso que os ingredientes guardem alguma semelhança entre si. O baiano consegue `harmonizar´ tudo. E, a partir disso, criar uma nova dança. Caso, por exemplo, do sucesso virtual “Cadê Côco?”. Algo na linha do "minha mulher não deixa não", mas mais, digamos, hardcore.
Ao passar por Ilhéus, em julho, eu ouvi o bordão e não entendi nada. Hoje, com a prisão do tal Côco, o assunto voltou à baila e eu, enfim, saquei o que é a real capacidade popular brasileira de transformar tudo em...cultura. Isso é que é antropofagia artística.
Os vídeos abaixo mostram a origem e as consequências do fato e ajudam a entender a legítima cultura popular brasileira: coitada da deputada baiana que pretende impedir que dinheiro público seja destinado a bandas e artistas que cantem músicas com conteúdos ofensivos às mulheres. O povo gosta mesmo é de sacanagem. Da próxima vez, apresento a questão à ministra da Cultura, Ana de Hollanda. "Cadê Côco, Ana?".
Os vídeos abaixo mostram a origem e as consequências do fato e ajudam a entender a legítima cultura popular brasileira: coitada da deputada baiana que pretende impedir que dinheiro público seja destinado a bandas e artistas que cantem músicas com conteúdos ofensivos às mulheres. O povo gosta mesmo é de sacanagem. Da próxima vez, apresento a questão à ministra da Cultura, Ana de Hollanda. "Cadê Côco, Ana?".
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