Na semana passada, durante um comício em Joinville (SC) da candidata governista à presidência da República, Dilma Rousseff (PT), o presidente Lula reprisou o episódio em que o ex-senador Jorge Borhausen (DEM-SC) disse que a oposição iria exterminar a raça petista e declarou que, agora, é preciso extirpar o DEM da política brasileira.
O episódio foi veemente criticado. Sabe-se lá porque, até Caetano Veloso foi ouvido pela imprensa e classificou a declaração presidencial como "golpista" (? - golpista contra quem, leãozinho?). Lógico que tais arroubos contra um partido legalmente constituído não são justificáveis, mas, em se tratando da oposição, Lula parece não precisar se dar ao trabalho de fazer nada. Os próprios oposicionistas estão se implodindo ao constatarem o aparentemente inevitável desastre que se aproxima.
Na edição desta senama, Carta Capital informa que o ex-governador de Minas Gerais - terceiro maior colégio eleitoral do país -, e candidato ao Senado Aécio Neves pretende deixar o ninho tucano e criar um novo partido de oposição ao PT. Um partido, menos arrivista e golpista, mas, ainda assim, um partido que esvaziará o alcance de vários partidos, sobretudo do PSDB, dominado pelos dirigentes paulistas.
De acordo com o repórter Mauricio Dias, há duas semanas, durante um jantar no Rio de Janeiro, Aécio empolgou-se ao falar da necessidade de reformas políticas no Brasil e, para sustentar os argumentos que desenvolvia junto a um grupo restrito de amigos, anunciou: "Eu vou sair do PSDB".
Ainda conforme o repórter (que não revela a fonte da informação), Aécio já tem um novo projeto político na cabeça. Praticamente eleito para o Senado, o neto de Tancredo Neves não buscará abrigo em nenhum outro partido político ao abandonar o PSDB. Quer sim é estabelecer uma oposição democrática ao PT, cuja candidata parece prestes a ser eleita. É esperar para ver...
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