Praia de areia branca, água quente, vegetação praticamente intocada e, hoje, pouca gente.
Há, contudo, um detalhe em relação a este cenário paradisíaco capaz de dar nó nas ideias de quem está acostumado a tostar o couro sobre o claudicante sol litorâneo, tipo o caiçara semifosco aqui.
Este pequeno, porém significativo detalhe é que esta praia está a milhares de quilômetros da costa e, portanto, do oceano.
Ela é apenas uma das inúmeras praias fluviais, ou seja, de rio, que surgem por todo o país nesta época do ano. Em função da falta de chuvas, o nível dos rios baixa, trazendo à tona bancos de areia que proporcionam que as pessoas desfrutem como se estivessem numa legítima praia. Na Região Norte, isso equivale à temporada de verão, com milhares de pessoas fugindo do calor (obs: são quase 17 horas e eu escrevo enquanto espero o sol baixar um pouco para dar mais um mergulho)
Em se tratando de praia de rio, os conhecedores dizem que poucas se equiparam as do balneário paraense Alter do Chão, em Santarém (fotos). Visitar Alter é como viajar para uma praia tão bela quanto as mais bonitas do país (Litoral Norte de São Paulo, Sul do Rio de Janeiro, Pipa, Florianópolis) e, ao mesmo tempo, conhecer a Amazônia.
Eu hoje dei meu primeiro mergulho no rio. É diferente. Ao invés da usual areia, é preciso se acostumar a pisar sobre uma camada de folhas submersas. Ao menos próximo às margens. Em função deste fundo, a água se torna escura e a visibilidade é praticamente zero. Sem o sal oceânico é mais difícil boiar e até mesmo nadar. Em compensação, o efeito do sol impiedoso sobre a pele é menor. Ainda bem, porque a água, é quente. Mas a brisa e seu efeito nas árvores é agradável.
Infelizmente, este é um daqueles cenários cuja beleza as fotos não dão conta de demonstrar. Visto do alto então, a paisagem é embasbacante. Só vindo conhecer Alter do Chão pessoalmente para entender minha surpresa por tão poucos brasileiros já terem ouvido falar neste paraíso terreno.
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