segunda-feira, novembro 28, 2011

Uma outra paisagem santista

Uma queda d´água de cerca de dez metros escondida em meio à vegetação, na região central da cidade? Assistir, do barranco, a uma pelada, torcendo pelo Juventude E.C.? Nadar fugindo de jacaré numa  lagoa no topo do morro antes que a especulação imobiliária a polua ou a privatize? Desfrutar de uma visão panorâmica dos grandes e feios espigões almejando arranhar os céus? Sentir o cheiro de uma enorme plantação de banana na cidade que vai cedendo espaço as boulangeries e empórios? Ver os chalés? 


Pois é. Mesmo em Santos, onde os caiçaras foram extintos, isso ainda é possível. Basta subir o  Morro da Nova Cintra. Dizem os historiadores que o próprio Martim Afonso de Sousa teria organizado a construção de um engenho d´água no local, determinando que fosse construída uma capela dedicada a São Jorge , o Engenho dos Erasmos, cujas ruínas ainda existem até hoje, a oeste do morro.

Só que para ver estas coisas não basta subir de carro, à noite, durante a época da famosa festa junina que se celebra no local, comer um churrasquinho e descer. É preciso bater perna, subir e descer ruas atento à paisagem e, principalmente, vencer o preconceito - pai do medo - e se misturar.  

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