"Crônica de uma morte anunciada"
"Os bons morrem cedo"
"You Know I'm No Good" (Você Sabe Que Eu Não Presto)
"You Know I'm No Good" (Você Sabe Que Eu Não Presto)
blá-blá-blá
A morte da cantora inglesa Amy Winehouse aos 27 anos de idade e dois discos de sucesso mundial é lamentável. Já ler no site do jornal Folha de S.Paulo comentários do tipo "que o Diabo carregue a alma desta infeliz criatura. Consumo de drogas é coisa do demônio", escrito por um tal de Emerson César, supostamente de São José dos Campos (SP), é revoltante.
Em poucas horas, dezenas de comentários criticando o estilo de vida desregrado de Amy foram publicados por pessoas sempre prontas a manifestar sua ignorância e medos, misturando alhos com bugalhos. Como José Viana e seu bizarro argumento. "O defensores da liberação das drogas, que é uma apologia ao crime (e que infelizmente nossas autoridades dão aval às passeatas para liberação das mesmas, respaldados na liberdade de expressão, que é democrática e boa, mas que deve ser usada com responsablidade), devem estar se sentido culpados".
Em poucas horas, dezenas de comentários criticando o estilo de vida desregrado de Amy foram publicados por pessoas sempre prontas a manifestar sua ignorância e medos, misturando alhos com bugalhos. Como José Viana e seu bizarro argumento. "O defensores da liberação das drogas, que é uma apologia ao crime (e que infelizmente nossas autoridades dão aval às passeatas para liberação das mesmas, respaldados na liberdade de expressão, que é democrática e boa, mas que deve ser usada com responsablidade), devem estar se sentido culpados".
No fundo, no fundo, esta continua sendo a mesma sociedade moralista de sempre.
Registro aqui minha humilde homenagem a esta grande artista que, com sua voz e sua visão de mundo - visão que, agora, muitos aproveitam para criticar -, ajudou a tornar a rotina um pouco mais leve, bela, divertida, provocante ou seja lá qual qualidade milhões de pessoas ao redor do mundo tenham enxergado em suas músicas.
E lamento que Amy não tenha frustrado nossas necrófilas expectativas, desafinando principalmente ao coro dos hipócritas, estes que, mesmo que nada ainda tenha sido divulgado sobre a causa da morte, já tem a quem (ou ao que) imputar a culpa (?) por sua morte.
Digam o que disserem, Amy Winehouse teve o mérito de ser honesta. Na vida e na arte. Com isso, ajudou a oxigenar um cenário dominado por uns negões muito mais preocupados em ostentar jóias, carrões e dólares do que com a música e por cantoras pré-fabricadas com suas danças das mãos-à-altura-dos-peitões-siliconados-que-vão-pra-frente-e-pra-trás.
E se for verdade que, no fim, isso lhe custou caro, ninguém nunca poderá dizer se ela se arrependia ou não. Que esta dúvida se esclareça entre ela e a eternidade. Para nós, que fique a música. E, no máximo, o lamento egoísta por não sabermos se e o que ela ainda poderia produzir caso as coisas tivessem sido diferentes.
Registro aqui minha humilde homenagem a esta grande artista que, com sua voz e sua visão de mundo - visão que, agora, muitos aproveitam para criticar -, ajudou a tornar a rotina um pouco mais leve, bela, divertida, provocante ou seja lá qual qualidade milhões de pessoas ao redor do mundo tenham enxergado em suas músicas.
E lamento que Amy não tenha frustrado nossas necrófilas expectativas, desafinando principalmente ao coro dos hipócritas, estes que, mesmo que nada ainda tenha sido divulgado sobre a causa da morte, já tem a quem (ou ao que) imputar a culpa (?) por sua morte.
Digam o que disserem, Amy Winehouse teve o mérito de ser honesta. Na vida e na arte. Com isso, ajudou a oxigenar um cenário dominado por uns negões muito mais preocupados em ostentar jóias, carrões e dólares do que com a música e por cantoras pré-fabricadas com suas danças das mãos-à-altura-dos-peitões-siliconados-que-vão-pra-frente-e-pra-trás.
E se for verdade que, no fim, isso lhe custou caro, ninguém nunca poderá dizer se ela se arrependia ou não. Que esta dúvida se esclareça entre ela e a eternidade. Para nós, que fique a música. E, no máximo, o lamento egoísta por não sabermos se e o que ela ainda poderia produzir caso as coisas tivessem sido diferentes.
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