domingo, julho 24, 2011

A procura de um secret spot para chamar de meu

Vendo a embarcação rústica capitaneada pelo Seu Heleno pode parecer difícil, mas não é. Não fosse pela correnteza eu teria tentado chegar à Praia do Pontal remando em minha prancha, mas achei mais seguro pagar R$ 5 para atravessar o Rio das Contas e ir e voltar a partir da Praia da Coroa de onde, na véspera, eu e Carlos  Leite haviamos visto ondas quebrando solitárias ao longo da faixa de areia do Pontal. (Desconfiados de que Itacaré é uma ilha cercada de ondas por todos os lados, passamos a semana andando pra cima e pra baixo tentando descobrir um local onde pudéssemos surfar mais tranquilamente que na lotada Praia do Tiririca).  

Nesta pouca confiável embarcação, a travessia não chega a durar dez minutos. Chegando do outro lado, o que encontramos foi simplesmente surpreendente: quilômetros de praia deserta. A surpresa se deve ao fato de que do lado de cá do rio fica uma das praias urbanas mais movimentadas de Itacaré, a Praia da Concha, com seus quiosques, restaurantes, pousadas e o mirante aonde o povo vai admirar o pôr do sol. E considerando que Resende, Tiririca, Costa  e Ribeira estavam crowdeadas, eu imaginava que devia haver algum problema, algum perigo que explicasse porque não havia nenhum outro surfista no mar.

Embora eu e Leite (foto acima) tenhamos dado o azar de chegar junto com o vento que deixou o mar muito mexido e as ondas irregulares, foram quase duas horas surfando e mais uma caminhando para conhecer o lugar sem ver sequer uma alma viva. Mesmo assim, a onda me pareceu muito promissora e se voltar a Itacaré vou voltar a investir no único pico em que já surfei sozinho ou apenas com alguém que me acompanhava.

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