sábado, setembro 30, 2006
sábado, 30 de setembro de 2006
sexta-feira, setembro 29, 2006
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
DIVERSÃO E ARTE
Hoje, Lenine bate papo e toca de graça no pocket show da FNAC. Infelizmente, o local comporta apenas 50 pessoas. No Arena Futebol Clube, o Cordel do Fogo Encantado lança seu novo álbum, Transfiguração (R$30). Seguindo a programação musical, tem ainda Jorge Mautner de graça em Taguatinga, Jah Live no Minas Brasília Tênis (R$15), Alzira Espíndola na Funarte (R$5) e o concerto sinfônico gratuito da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional.
Três festas: Cerrado Rock in Concert, Fashion Club e minhas sempre elegidas festas no Conic - a da vez se chama Cicciolina (R$10), uma provocação às eleições deste domingo (Cicciolina, para quem não se lembra, é o nome da estrela pornô Illona Staler, que, em 1980, foi eleita para o parlamento italiano). Se não bastasse acontecer no Conic, o local mais diverso e democrático da capital, tem entre suas atrações uma dj que atende pelo nome artístico de Sarah Vah! rs,rs,rs,rs,rs.
Tem teatro também. Segue a Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília, que ocupa, além de duas salas do Teatro Nacional, a Funarte, o teatro do Centro Cultural Banco do Brasil, o da Caixa e o Sesc Garagem da 913 Sul.
Some-se a isso os 47 títulos atualmente em cartaz nos diversos cinemas de Brasília e mais a penca de exposições e fica fácil de concluir que a vida cultural brasiliense não é tão incipiente quanto pode parecer a quem não procura por boas opções.
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
domingo, 24 de setembro de 2006
quinta-feira, setembro 28, 2006
terça-feira, 19 de setembro de 2006
segunda-feira, 18 de setembro de 2006
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
Desde 1989 eu tenho sido Lula.
Mesmo após vê-lo ser derrotado - primeiro por Collor, depois, por FHC - contribuí para que ele se elegesse em 2002. Justamente quando a Carta ao Povo Brasileiro sinalizava que, talvez, já não houvesse mais expectativas de que Lula e o PT fossem promover mudanças estruturais radicais. Tudo indicava que, novamente, o país buscaria o caminho da conciliação entre os interesses do lobo e da ovelha.
Quatro anos se passaram e, no próximo dia 1º de outubro, terei de ir a um cartório a fim de justificar meu não comparecimento à seção eleitoral onde voto. É que quase dois anos após me mudar de Santos, ainda não transferi meu título eleitoral. Daí estar impedido de exercer o direito de, conscientemente, ANULAR MEU VOTO.
Se fosse votar, seria esta minha opção. Não porque tenha me desiludido com a administração petista ou porque ache que Lula é ladrão. Não porque o Alckmin é um sujeito inexpressivo que, até outro dia, vangloriava-se de ter chegado ao Palácio dos Bandeirantes no vácuo de Mário Covas, santista que, quando governador, vetou a construção de uma universidade pública na Baixada. Nem tampouco porque o Cristovam tenha se tornado uma caricatura ou porque haja um enorme fosso entre o programa de governo de Heloisa Helena e o conteúdo programático de seu partido, o radical-chic PSOL.
Votaria nulo não só porque desconfio da insistência com que a imprensa e alguns formadores de opinião tentam nos conscientizar da importância do voto, mas principalmente porque, - torno a insistir - conscientemente, não tenho segurança para escolher o melhor candidato. Na atual conjuntura, com instituições combalidas e uma política mesquinha, palaciana, diria que a tarefa é escolher o menos pior. Será isto suficiente? Será realmente esta a arma do povo? Nos dão algumas opções que além de não nos satisfazer, não contemplam a complexidade e a magnitude de nossos problemas e nos convencem de que se não escolhermos a menos pior somos nós os responsáveis pelo desastre social brasileiro. Será isto o exercício democrático possível hoje?
Quanto mais ouço falar na inconsistência do movimento pelo voto nulo, quanto mais me vêem com o velho chavão do analfabeto político, mais me convenço de que talvez seja este o único caminho possível. Por isso digo que votaria nulo por convicção. Convicção de que é necessário aprofundar a crise, roer o osso, para quem sabe assim superarmos nossa apatia. Cada vez mais me convenço de que é o atual sistema que tem de ser repensado. Quem disse que a democracia representativa seria o modelo final de representação política? Esquecem-se os que põem o dedo na cara de quem vota nulo que, ao longo da história, as diversas sociedades se organizaram de muitas formas diferentes.
Recuso-me a trabalhar e ver boa parte dos meus ganhos ser consumidos na forma de impostos que nunca revertem em meu benefício e ainda votar em alguém só porque o outro candidato seria pior.
Madrinha Naninha e o Pós-Sentimento
domingo, 10 de setembro de 2006
sábado, 9 de setembro de 2006
Pitangueiras - Guarujá
Mar mexido, água fria, corrente mais forte que o habitual... Em pouco mais de meia-hora no mar, peguei apenas cinco ondas. E nada de excepcional. A isso se limitou meu surf durante esta viagem.
sexta-feira, 8 de setembro de 2006
quarta-feira, setembro 27, 2006
Nomes Anacrônicos
segunda-feira, 4 de setembro de 2006
terça-feira, 29 de agosto de 2006
De volta ao clima seco de Brasília. De volta à luta trabalhista e sindical. Ao acompanhamento diário das notícias sobre escândalos e corrupção. À confrontação com o GDF. Mas também de volta à paz ("que eu não pretendo conservar para tentar ser feliz"), à companhia da Lídia, à diversidade do CONIC, a minha nova casa (meu lar provisório), ao convívio dos amigos novos-candangos e brasilienses.
Troca-letras, lambe-lambe, aspone, surfista semi-fosco, skatista aposentado, caiçara sofrendo de banzo em meio ao cerrado, cá estou eu, agora um pouco mais vivo.
segunda-feira, 28 de agosto de 2006
terça-feira, 22 de agosto de 2006
terça-feira, setembro 26, 2006
segunda-feira, 21 de agosto de 2006
Dois dias surfando Dominical e minhas férias se aproximando do fim. É hora de me despedir dos amigos que fiz nestes meus últimos dias na Costa Rica e retornar à capital San José, onde apanharei o avião de volta ao Brasil. A convivência com estes mochileiros, surfistas ou não, sem dúvida nenhuma foi a experiência mais enriquecedora dessa viagem.
sexta-feira, 18 de agosto de 2006
quinta-feira, 17 de agosto de 2006
terça-feira, 15 de agosto de 2006
segunda-feira, 14 de agosto de 2006
Quando penso que quase deixei minha prancha em Jacó porque me diziam não haver ondas em Manuel Antonio...Surfei tanto hoje pela manhã que, à tarde, troquei uma segunda queda por uma sessão de fotos.
Realmente, se comparado ao estardalhaço histriônico da arrebentação de Hermosa, até mesmo de Jacó, Manuel Antonio parece não ter muito a oferecer. Mera ilusão de ótica. É de dentro d´água que se tem a noção exata do quanto as ondas desta bela praia podem ser divertidas. Vi ondas perfeitas de 1,5 metro quebrando a poucas braçadas da areia. Com uma arrebentação bem mais fácil de varar e com as séries fechando mais lentamente que em outras praias que conheci, esta onda proporciona um surf veloz e mais solto. For fun!
Peguei onda das sete da manhã até as dez horas. Inicialmente, apenas com dois surfistas norte-americanos na água. Pai e filho, ambos vieram da Flórida em busca de ondas em águas quentes. Quando eu já tinha surfado o suficiente para ficar de cabeça feita, chegaram três locais que não escondiam a alegria de estarem surfando em seu pico, acompanhados dos amigos. Embora fossem mais novos que nós que haviamos chegado antes, cabia a eles escolherem as ondas que queriam dropar.
Sai do mar às 10h30 e voltei ao albergue disposto a repôr as energias às custas do 'desayuno' completo que a maioria dos hotéis/albergues serve aos seus hóspedes. Por 1.500 colones (cerca de US$ 3) matei a fome pós-surf comendo o famoso gallo-pinto (arroz, feijão, ovos e pão), mais panquecas, um prato com frutas e uma caneca de café com leite.
Após ter saciado a fome, retornei pecaminoso à praia, procurei por uma sombra, me deitei na areia e deixei que a comida fosse digerida. Adormeci ouvindo o barulho das ondas estourando no inside e sentindo o vento terral.
Gastei o resto do dia de forma amena, caminhando e tirando fotografias. A noite, após jantar um casado (1.500 colones ou US$ 3) no restaurante El Entardecer, encontrei Anthony, o canadense de 20 anos que conheci vindo de Quepos. Ele me disse ter pego boas ondas no canto direito da praia, um pico chamado playita. Decidimos tomar umas cervejas para fazer uma hora antes de voltarmos ao albergue. Se estivéssemos no Brasil, na balada, estou certo de que a companhia de Anthony teria seguramente facilitado que eu conhecesse algumas garotas. Mas não aqui na praia dos 400 passos. O melhor a fazer por estas bandas é dormir cedo para levantar junto com o sol e ir surfar.
quinta-feira, 10 de agosto de 2006
(Touxe um walkman velho, daqueles modelos com rádio e toca-fita, e tenho procurado ouvir, além das notícias, a música pop costarriquenha. Mas o tal do Reggaeton que tocam por aqui não me atraiu. Lembra-me muito mais o funk, ou melhor, o charm, que o dito reggae. Assim, a trilha sonora desta viagem tem sido sobretudo a música eletrônica e o pop norte-americano que se ouve na 911 Fm - La Radio Groovy, a meu ver, a melhor que ouvi na Costa Rica. É possível ouvi-la através do site www.911laradio.com)
quarta-feira, 9 de agosto de 2006
sexta-feira, setembro 22, 2006
sábado, 29 de julho de 2006
sexta-feira, 28 de julho de 2006
Acordei, ainda em San Jose, com uma mancha disforme se mexendo na escuridao de um quarto coletivo do albergue. Engracado que bastaram tres dias na Costa Rica para eu aprender a distinguir o contorno de um/uma norte-americano/a. No exato momento em que vi aquela buzanfa mole eu soube que seu dono tinha de ser norte-americano. Com esta visao, perdi o sono e so me restou levantar. As seis horas da manha.
Apos um bom cafe (mil colones, ou US$2, no albergue), peguei o onibus para a praia de Jaco, a duas horas e meia da capital, no oceano Pacifico. E recomendavel se informar sobre os horarios de saida com antecedencia. O tiquete custa 1.250 colones (cerca de US$ 2,50), mais 500 colones pelo transporte das pranchas. Nao espere conforto. Os onibus, como todos os utilizados na Costa Rica, sao verdadeiros calhambeques.
Ao chegar, me acomodei em um novo alguergue (www.hoteldehaan.com - US$ 10 a diaria em quartos compartidos), experimentei meu primeiro casado - prato tipico da Costa Rica, feito com feijao, arroz, banana frita, queijo, salada e uma carne a escolher, mil colones no restaurante que me indicaram no proprio hotel. Depois, fui checar o mar mais uma vez e, indiferente a dor no joelho que me incomoda ha varios meses, fui surfar. Para uma primeira vez, sai satisfeito.
Amanha, se Deus quiser, tem mais. Pura Vida!
quinta-feira, 27 de julho de 2006
quarta-feira, 26 de julho de 2006
Estou na Costa Rica. Mas há pouco para comentar sobre meu primeiro dia na capital San José. Quer dizer, andei bastante, visitei um museo interessante, registrei algumas impressões, mas nao bastasse o aturdimento da mudanca de fuso horário e o sono após tantas horas sem dormir, este maldito teclado é diferente dos utilizados no Brasil. Daí eu nao encontrar outro til além do que acompanha a letra ñ. Nem o cedilha. E muito menos o arroba, necessário para acessar meus e-mails.
Entao, do pouco que vi e do muito que conversei até aqui, vou me arriscar a declarar que em meu primeiro dia de Costa Rica, o que justamente mais chamou minha atencao foi o país vizinho, o uma das suas cidades, para ser mais exato.
Deixamos o Aeroporto Internacional de Guarulhos às 4h30 de hoje e levamos pouco mais de seis horas para chegar até nosso destino final. Antes, fizemos uma escala em Panamá City, e a cidade me pareceu bonita e organizada. Me deu vontade de conhecê-la. Ainda mais quando sobrevoamos o Canal do Panamá.
Já em San José, a impressao nao foi das melhores. Nao que a cidade seja ruim, mas restou a impressao de que estava caminhando pelo centro de Sao Vicente (SP). Talvez, como recomendou o taxista que me trouxe - após eu ter barganhado o valor da corrida e conseguido economizar US$ 4 - do aeroporto ao albergue, ao invés de ficar por dois dias na capital, eu devesse pegar minha prancha e me mandar para a praia de Jacó. "No hay nada de gracioso para se ver en San José".
terça-feira, 25 de julho de 2006
segunda-feira, 24 de julho de 2006
Um ônibus municipal, um táxi, um ônibus interestadual, outro táxi, um avião, um ônibus "seletivo", um metrô, baldeação na Estação da Sé, mais um metrô e um último ônibus interestadual. Doze horas de viagem e, enfim, estou mais uma vez diante do familiar Atlântico. Detalhe: durante todo este tempo, comi apenas meio pacote de bolacha de água e sal e bebi uma tônica. E mesmo assim, tive de testar a maciez do papel usado no Aeroporto de Goiânia. Chego em casa amarelo. Antes, meu pai passa direto por mim na entrada do prédio.
Viajar é uma oportunidade de aprender, dizem. Pois recebo minha primeira lição ainda no ônibus que me leva de Brasília à Goiânia. Conversando com Lúcio, o pernambucano sentado ao meu lado, além de tirar a limpo o clichê sobre nordestinos faladores viajando de ônibus, fico conhecendo sua original teoria evangélica acerca da corrupção e outros pecados venais cometidos pelos homens, sobretudo quando políticos.
"Você veja só", me dizia ele. "O homem tem o hábito de adorar as coisas que estão aí, a nossa volta, e de se afastar de Deus. Então, existem budistas, existem os que adoram imagens feitas pelas mãos do homem... Na Índia, eles têm lá o hábito de adorar às vacas sagradas. Pois então, os políticos, os governantes, sendo homens, são falíveis, erram. Se não errassem, o povo ia adorá-los; deixariam de reconhecer a importância de Deus em suas vidas e passariam a adorar o fulano que lhes deu escolas, duzentos médicos para cada paciente e sei lá mais o quê...".
Eis aí uma concepção original de justificativa evangélica para a corrupção. Sanguessugas, anões do orçamento, mensaleiros, Deus tem um propósito para vocês!