terça-feira, setembro 26, 2006

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Uma surf-trip tem que ter fogueira. E pessoas em volta conversando sobre as ondas que já surfaram, as praias de que mais gostaram, aquelas a que gostariam de ir e por aí vai, noite adentro. Pois bem. Hoje, tratamos de celebrar em grande estilo nossa chegada a praia de Dominical.
As coisas não sairam como eu havia planejado e não houve jeito de economizar os US$ 15 que cobraram de cada pessoa do grupo de 13 surfistas que se conheceram por força das circunstâncias ao tentarem apanhar o ônibus que vai de Quepos a Dominical. Com os veículos lotados, os motoristas se recusavam a levar a nós e nossas pranchas. Realmente, as 15 pranchas não caberiam nos gaveteiros.
Com tanto gringo dando mole na rodoviária, não demoraram a aparecer costarriquenhos nos oferecendo transporte. Após muita negociação, concordamos em pagar os tais US$ 15 por cabeça. De certa forma, uma vitória, já que, inicialmente, haviam nos pedido US$ 20. Mesmo assim, não fiquei nada feliz com o gasto imprevisto. O ônibus que planejávamos apanhar custa 1.200 colones, pouco mais de US$ 2.
Só já no meio do caminho, quando vi os pouco mais de 40 quilômetros indicados no mapa se transformarem em duas horas e meia de viagem, concluí que tinha valido à pena pagar um pouco mais para viajar sentado, conversando confortavelmente sobre ondas, trocando impressões sobre a Costa Rica e desfrutando do ar-condicionado. Devido às precárias condições desta que é uma das principais estradas do país, por onde escoa parte dos produtos importados que chegam da Nicaragua, a van avançava a meros 20 km/h. E quando alcançavamos algum rio, tinhamos que descer para não corrermos o risco de atolarmos por conta do peso.
Chegamos cansados, mas eufóricos com as direitas que quebravam em frente às pousadas. Descobrimos um bom lugar, com quartos para três pessoas a US$ 20, guardamos nossas coisas e voltamos à praia, ansiosos para surfar. Enquanto conversávamos, anoiteceu. Sugeri que acendêssemos uma fogueira e, com a chamas crepitando e a lua cheia sobre o Pacífico, agradeci por aquele momento.

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