Bem-vindo a Alajuela, "where the streets have no name". Lugar em que, proporcionalmente ao pouco tempo que passei na cidade - apenas uma noite -, vi a maior quantidade de mulheres bonitas da Costa Rica.
Alajuela é uma cidade pequena e agradável, com um centro comercial movimentado onde está concentrada a maioria dos seus hotéis. Apesar dos poucos atrativos turísticos, Alajuela é muito procurada por viajantes que durante sua estadia no país, descobrem que é ela, e não San Jose, o destino mais próximo do aeroporto internacional. Além disso, há ao menos um vulcão nas proximidades.
Na noite anterior, sai para dar uma volta assim que guardei minhas coisas. O dono do estabelecimento me deu um mapa para que eu localizasse alguns pontos que, segundo ele, valiam a visita. Andei a esmo pelas ruas, indo e vindo, até decidir regressar ao hotel. Com o comércio fechado, as ruas estavam praticamente desertas. Dei voltas em quadras próximas à igreja matriz e me dei conta de que não tinha a mínima idéia de onde estava. Olhava o mapa e não encontrava uma referência que me ajudasse a encontrar o caminho de volta.
Sem outra opção, comecei a pedir informação a quem encontrava na rua. Entretanto, curiosamente, ninguém sabia dizer o nome de nenhuma das ruas onde estávamos. Perguntei a comerciantes, perguntei até mesmo a um morador que estava sentado na sala, com a porta semi-aberta. Nada. Ninguém tinha idéia do endereço exato onde morava. Pensei comigo, "Kct! De que me serve um mapa se não sei onde estou?". Após algum tempo, um cidadão decidiu que a única forma de me ajudar era ligando para o hotel e perguntando onde ficava. Me surpreendi ao verificar que ele também não pediu o endereço, mas sim uma referência.
Após uma das melhores noites de sono na Costa Rica, acordei cedo para apanhar o avião. Na noite anterior, sem muito o que fazer após retornar ao hotel, me deitei para assistir um pouco de tevê, um luxo após 14 dias. Não que eu seja um entusiasta dos programas que exibe, mas, da mesma forma como levei um walkman velho para sintonizar as rádios locais e conhecer a programação local, queria ver o que se fazia na tevê costarriquenha. Para minha surpresa, o primeiro canal que sintonizei exibia o programa do humorista Tom Cavalcante, transmitido pela Record Internacional.
Já no aeroporto, nova surpresa desagradável. Além de ter de pagar US$ 50 pelo transporte da minha prancha, fui informado de que, para deixar o país, tinha de pagar um imposto de saída de US$ 26. Na vinda, a Copa, por conta da concorrência com a Taca, havia me cobrado US$ 25 pela prancha. E quanto ao imposto, aparentemente o oficial que me recebeu na alfândega se esqueceu de me avisar disso. Assim, tive de sair correndo atrás de um banco onde trocar alguns travellers cheques. Troquei apenas o necessário para pagar o devido e fiquei absolutamente sem um tostão.
Do que havia trazido comigo, sobraram-me apenas dois travellers, razão pela qual não consegui comprar as lembranças que devia levar para os amigos e, principalmente, para meus pais. Tudo bem. Espero que eles compartilhem da minha felicidade de ter feito esta viagem. Já a cor, bom, esta não tenho como compartilhar.
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