terça-feira, setembro 26, 2006

segunda-feira, 14 de agosto de 2006


Quando penso que quase deixei minha prancha em Jacó porque me diziam não haver ondas em Manuel Antonio...Surfei tanto hoje pela manhã que, à tarde, troquei uma segunda queda por uma sessão de fotos.

Realmente, se comparado ao estardalhaço histriônico da arrebentação de Hermosa, até mesmo de Jacó, Manuel Antonio parece não ter muito a oferecer. Mera ilusão de ótica. É de dentro d´água que se tem a noção exata do quanto as ondas desta bela praia podem ser divertidas. Vi ondas perfeitas de 1,5 metro quebrando a poucas braçadas da areia. Com uma arrebentação bem mais fácil de varar e com as séries fechando mais lentamente que em outras praias que conheci, esta onda proporciona um surf veloz e mais solto. For fun!

Peguei onda das sete da manhã até as dez horas. Inicialmente, apenas com dois surfistas norte-americanos na água. Pai e filho, ambos vieram da Flórida em busca de ondas em águas quentes. Quando eu já tinha surfado o suficiente para ficar de cabeça feita, chegaram três locais que não escondiam a alegria de estarem surfando em seu pico, acompanhados dos amigos. Embora fossem mais novos que nós que haviamos chegado antes, cabia a eles escolherem as ondas que queriam dropar.

Sai do mar às 10h30 e voltei ao albergue disposto a repôr as energias às custas do 'desayuno' completo que a maioria dos hotéis/albergues serve aos seus hóspedes. Por 1.500 colones (cerca de US$ 3) matei a fome pós-surf comendo o famoso gallo-pinto (arroz, feijão, ovos e pão), mais panquecas, um prato com frutas e uma caneca de café com leite.

Após ter saciado a fome, retornei pecaminoso à praia, procurei por uma sombra, me deitei na areia e deixei que a comida fosse digerida. Adormeci ouvindo o barulho das ondas estourando no inside e sentindo o vento terral.

Gastei o resto do dia de forma amena, caminhando e tirando fotografias. A noite, após jantar um casado (1.500 colones ou US$ 3) no restaurante El Entardecer, encontrei Anthony, o canadense de 20 anos que conheci vindo de Quepos. Ele me disse ter pego boas ondas no canto direito da praia, um pico chamado playita. Decidimos tomar umas cervejas para fazer uma hora antes de voltarmos ao albergue. Se estivéssemos no Brasil, na balada, estou certo de que a companhia de Anthony teria seguramente facilitado que eu conhecesse algumas garotas. Mas não aqui na praia dos 400 passos. O melhor a fazer por estas bandas é dormir cedo para levantar junto com o sol e ir surfar.

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